Coração arrependido

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Capítulo dedicado para:
Maah_waters_young
Obrigado pelo carinho sua fofa.

Mirella mode on '

Um calafrio correu pela minha espinha.
Alguém havia tramado para nos pegar.
O meu temor era não conseguir ajuda para sair dali.
O medo de minha filha estar em perigo era maior ainda.
Bárbara tinha uma expressão de raiva e medo em seu rosto.
Parecia que ela sabia quem era.
Mesmo com um pouco mais de luminosidade,que entrou pela janela por conta do poste de iluminação, não consegui identificar o homem a minha frente.
Ele era loiro, de olhos verdes, bigode acima dos seus lábios carnudos e vermelhos.
Porte atlético e devia ter mais ou menos 50 anos.
Quando reparei bem seus olhos, engoli em seco, e apertei minha filha no meu colo.
Era Daryl.
Nunca vi nenhuma foto do homem,pai do meu quase marido, mas à minha frente estava uma versão de michael daqui uns 30 anos, e pelo semblante de Bárbara, com certeza era o pai dela.
Ele estreitou os olhos ao ver que sua filha encarava cheia de raiva e impetulancia.
Eu sabia que por dentro, minha cunhada estava desmoronando, e fazendo de tudo para se manter firme.
Não ousei abrir a boca, fiz o máximo para Catherinne não acordar.
- Quanto tempo,não é,querida?- O homem disse com uma risada sarcástica.
- O que você faz aqui? Como nos encontrou? Aliás,como você está solto?- Bárbara disse.
-Ora,achei que ficaria mais feliz ao ver seu papai, afinal já fazem três anos,não? Três anos que você e seu irmão arrogante me botaram na cadeia injustamente.
- Injustamente? Você ainda tem coragem de afirmar isso? Você tornou a vida da nossa família no inferno, você destruiu nossa família,teve coragem de por minha irmã na sua frente para não ser atingido.Quer dizer, você foi é covarde para fazer isso.- Bárbara acuzou levantando o dedo,cutucando o peito do pai.
- Cale a boca, garota.- ele vociferou.-Afinal quem é essa?- Ele apontou para mim.
- Meu nome é Mirella.- falei tentando permanecer com a voz firme.- Sou amiga da Bárbara.
- Mirella, áh, eu sei quem você é norinha, e essa deve ser a pequena Catherinne.- Daryl disse.
- Não ouse tocar na minha sobrinha.- Bárbara disse feroz.
- Como queira.- O mais velho deu de ombros e se virou.
-O que vai fazer agora,nos manter presas aqui?-A ruiva perguntou.
-Não interessa o que eu vou fazer com vocês.
-Senhor, o que quer de nós?- Arrisquei temerosa.
-Nada de mais,apenas o que é meu por direito e minha vingança.Você é muito bonita garota, Michael escolheu bem, pena que vai ficar viúva em pouco tempo.
Arregalei meus olhos e meu coração parou de bater por um minuto.
As lágrimas começaram a embassar minha visão, imediatamente olhei para minha filha em meus braços dormindo tranquilamente,sem fazer nenhuma ideia do perigo que estava correndo.
- Bem, se acomodem, porque não vão sair daqui tão cedo.-Daryl disse indo para outro cômodo da casa.
Olhei desesperada para Bárbara, ela fechou os olhos e se encostou em uma parede, deslizando pela mesma que sentar no chão, começando a chorar.
Apertei meus lábios em uma linha fina e beijei a testa da minha filha, sussurrando palavras confortadoras, tentando ME acalmar.

Horas se passaram, peguei o celular discretamente.
Sem bateria.
Fiz sinal para Bárbara e ela falou baixo:
- Não trouxe.
Olhei no relógio velho, na parede sem reboque.
02:27 a.m.
Me sentei no chão e toquei a testa de Catherinne com a minha.
- Vai dar tudo certo. Temos que ter fé.-Báh falou, mas eu tinha sérias dúvidas se ela disse aquilo para mim, ou para ela mesma.

Michael mode ON '

Eu estou desesperado.
Assim como todos.
Mirella, minha irmã e minha filha saíram no comecinho da tarde e não voltaram até agora.
Já passam das quatro horas da manhã.
Lauren e Harry estão dormindo graças a Deus, são pequenos demais para esse tipo de preocupação.
Luke e eu já tomamos tudo o que é calmante, mas nada funciona. Tia Anne por outro lado, tombou assim que tomou o primeiro.
Estavam todos na sala esperando pelas três.
O loiro e eu nos levantamos e começamos a andar de um lado para o outro.
Ouvimos a tranca da porta se abrir, olhei diretamente para lá.
Meu coração se despedaçou ainda mais, ao ver que era apenas Cameron.
Me sentei e levei as mãos aos olhos.
Aline se sentou ao meu lado e me abraçou.
- Calma Mike,elas vão aparecer.-A loira esfregou minhas costas tentando me confortar.
- O Nash me contou que elas sumiram, e vim tentar uma coisa.-Cameron disse.
- O que?-Ashton perguntou aflito.
-Lembra aquela pulseirinha que eu dei para a Cathey, quando ela nasceu?
- Sim.-Cal ascentiu.
- Bem, eu meio que coloquei um rastreador por segurança na pulseira...
- Ah meu Deus.Cam isso é fabuloso,e como fazemos pra achá-la?-Maju perguntou.
- Bem, eu só posso entrar na delegacia, quando estou de serviço, mas vou tentar falar com um colega meu, que está lá agora, e se tudo der certo ele consiga trazer pra nós o programa.-Cameron explicou.
- E o que fazemos agora?-Aline disse.
-Tentar descansar.-Cam falou se sentando ao lado de Luke, e o abraçando.

6 horas mais tarde

Era dez horas da manhã, quando o amigo da polícia, de Cameron trouxe o pen drive com o programa do rastreador.
Cam demorou um pouco mas conseguiu encontrá-las.
Ashton, Calum, Luke, Cam e eu fomos para o carro e disparamos em direção à cidade.

Mirella Mode on '

Bárbara quis ir ao banheiro.
Daryl a mostrou o pequeno lavabo e disse que no quarto ao lado tinha um colchão, caso ela quisesse dormir.
Fiquei sozinha com ele e Catherinne na sala.
A pequena começou a coçar os olhos e logo os abriu, sorrindo para mim.
-Posso...vê-la de perto?-Daryl perguntou, um tanto sem jeito. Engoli em seco mas fiz que sim com a cabeça, receosa.
Ele se aproximou de mim, e tocou a bochecha da pequena.
Ela abriu um sorrisão e agarrou o braço dele.
Senti uma gota d'agua pingando em mim e olhei pra cima.
Ele limpou as lágrimas rápidamente mas depois as deixou cair livremente ao se sentar ao meu lado.
- Ela é tão linda.-Falou sem tirar os olhos da bebê.-Me lembra tanto o Michael, quando nasceu.
Respirei fundo e tomei coragem para dizer:
- Quer pegá-la um pouquinho?
Ele olhou pra mim estupefato.
- Posso?
- Claro, vá em frente, ela é sua neta.- Eu parecia confiante, mas por dentro morria de medo do que ele era capaz de fazer.
Mas algo nele, mexeu com meu coração. Eu estava com pena dele.
Ao mesmo tempo que falava sobre vingança, ele era carinhoso ao falar de Michael. Havia amor em sua voz quando deixa o nome do filho escapar pelos lábios.
Catherinne abraçou o braço definido do avô e ele sorriu deixando mais uma lágrima cair.
- Posso te fazer uma pergunta?-Ele disse.
- Sim.-O olhei.
- O Michael me odeia, não é?
- Em relação aos seus rolos, ou pela morte da Catherinne?-Perguntei.
- Pela morte da minha filha.
- Bem, se você quer mesmo saber, ele se culpa pela morte dela.Acha que a culpa foi dele e não sua.
- Mas eu a puxei, eu a matei.-Ele chorou mais.
- Bem, mas ele pensa que é ele.Ficou um tempo separado de mim por se considerar um monstro.- Expliquei.
- Pobre do meu filho.
Nós ficamos em silêncio por um tempo. Mas não demorou muito Daryl o quebrar:
- Quem escolheu o nome dela?
- Fui eu...o Mike não sabia que era menina, se fosse menino ele ia escolher.
- Obrigado pela homenagem....Sabe, você realmente é uma boa menina, eu gostei de você.
- Obrigado, eu acho...
- Me desculpa por ter feito isso com vocês duas e a bebê,...eu...me perdoa mesmo, vou levá-las para casa. Não tem cabimento eu querer vingança, se quem realmente deve ser vingados, são meus filhos. Tenho muito orgulho do que eles se tornaram.
-Ela vai ter muito orgulho do avô. -Sorri para ele que beijou a testa de Catherinne.
- Acha que o Michael me perdoaria por toda porcaria que eu fiz?
Pensei sobre sua pergunta...mas não por muito tempo, porque logo a porta da frente saiu praticamente voando, se despedaçando na parede oposta.
Eu conti um grito olhando para o chão e vi o coturno que arrombou a porta a minha frente.

As vantagens de ser seu Marido Michael Clifford EM EDIÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora