COMÉDIA ROMÂNTICA ⸻⸻ No hotel onde trabalhava como camareira, Bella deu de cara com um hóspede arrogante, rude e lindo pra caramba, mas disse poucas e boas para o riquinho folgado e achou que nunca mais o veria de novo.
Mas não podia estar mais enga...
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T h e o d o r o ♛
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— Uaaau!
Foi tudo o que consegui dizer ao entrar na suíte presidencial na cobertura do hotel Gran Bourbon.
Eu era camareira naquele hotel há um ano e dona Generosa, a camareira chefe, não permitiu nem uma vez sequer que eu pisasse naquele andar para limpar as suítes da cobertura.
Ela dizia que era por eu ser uma novata inexperiente que não sabia o que estava fazendo, mas eu já trabalhava no Gran há um ano, UM ANO. Acho que eu já sabia muito bem o que estava fazendo mesmo que meu trabalho ao lado da dona Generosa parecesse ser um eterno processo de aprendizado.
Ser uma camareira nem de longe era o sonho da minha vida. Você nunca vai me ver pulando de alegria por trabalhar quase doze horas por dia limpando a bagunça dos outros. Se eu pudesse escolher, e é claro que eu não podia, estaria viajando pelo mundo buscando novos começos bem mais divertidos.
Mas como eu disse, não tenho escolha e o destino parecia não gostar muito de mim. Quando meu pai ficou doente eu tive que deixar a faculdade de marketing e encontrar um emprego pra ajudar com as despesas médicas dele, e foi aí que o destino me tirou do interior e me trouxe a esse hotel em São Paulo, porque foi a única oportunidade que surgiu, eu precisava de um emprego o quanto antes e o salário era bom o suficiente, mas acabou não sendo tão suficiente assim nos últimos tempos já que eu estava devendo dois meses de aluguel da minha quitinete e vinha fugindo de meu senhorio todas as vezes que entrava ou saía de casa, apesar de tudo isso eu ainda tentava manter o bom humor.
Mas não vou chatear você com reclamações, eu estava falando da minha chefe, a dona Generosa.
Desde o meu primeiro dia no hotel eu me perguntava onde é que estava toda a generosidade que ela carregava no nome. Aquela mulher me fazia pensar que os pais deviam esperar até que os filhos completassem cinco anos e só então dar um nome a eles, um nome correto, um que combinasse com a personalidade daquele serzinho porque eu tinha certeza de que a dona Generosa carregava o nome errado. De generosa ela não tinha nada. Ela era simplesmente a pessoa mais mesquinha e mais mal humorada que eu já conheci na vida. Ela estava sempre tramando pra que suas funcionárias permanecessem no cargo, não de um jeito bom, de um jeito bem ruim, tipo quando uma oportunidade surgia em outro setor no hotel, ela nunca avisava nenhuma das camareiras, a não ser que fosse pra um cargo inferior e com salário bem menor que o dela.
