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Se eu achava que estava morrendo ontem, essa manhã eu tinha certeza de que estava morta.

Minha cabeça doía horrores e devia estar pesando uns vinte quilos.

Minha boca tinha um gosto azedo e eu não sabia se meu estômago estava roncando de fome ou se estava gritando por socorro.

Eu precisava de um guindaste pra sair da cama, mas de alguma forma consegui me sentar.

Meus olhos doíam, respirar doía, mas acima de tudo, minha consciência estava num estado ainda pior que meu corpo.

Eu já tinha ouvido falar que quando as pessoas bebem demais se esquecem de tudo no dia seguinte.

Infelizmente esse não era o meu caso.

Eu estava me lembrando de tudo.

Me lembrava do primeiro copo que uma das amigas de Theodoro me ofereceu até a bala suspeita que o amigo estranho dele jogou em meu copo, mas se eu estivesse em sã consciência teria feito aquele aproveitador engolir aquela coisa.

Talvez a minha ressaca fosse muito mais moral do que física.

Eu devia estar parecendo uma coisa ingênua e idiota.

Que vergonha.

Eu gemi pensando na quantidade de mico que paguei.

Pelo amor de Deus, eu me sentei no chão no meio de uma balada de granfinos só pra tirar os sapatos e me pendurei na porta do carro chique do Príncipe.

Mas eu queria ter a bênção da ressaca acompanhada de uma amnésia ao me lembrar de outras coisas.

Eu me lembrei de ter chamado Theodoro de besta real, de ter chamado a Rainha Vitória de rainha má e me lembrei da única coisa pra qual daria um fígado bom pra esquecer.

Me lembro de Theo sussurrar em meu ouvido que queria me dizer alguma coisa e que queria que eu estivesse sóbria pra isso.

Algo em meu coração, bem lá no fundo, talvez tivesse uma vaga ideia do que poderia ser, mas meu cérebro inútil não foi capaz de apagar nem mesmo isso.

Decidi não pensar em nada daquilo, nada.

Não me importava, eu não queria saber o que ele tinha pra dizer, não mesmo.

Mas...

É claro que parte de mim queria saber, a quem eu estava enganando? Só que eu não pretendia cutucar o Príncipe até que ele falasse de uma vez o que tinha pra dizer.

UM PRÍNCIPE NADA ENCANTADOOnde histórias criam vida. Descubra agora