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Eu escondi o rosto embaixo do chapéu, esfreguei o dedo nos dentes e só me endireitei novamente quando tive certeza de estar limpo.

Grrrrrr!

É claro que uma idiotice dessas tinha que acontecer comigo justo aquele dia. E quantas pessoas devem ter visto aquele trem em meus dentes e ninguém falou nada?

Bom, mas como é que me avisariam se estavam evitando falar comigo? Pfff!

Eu deixei isso pra lá e voltei minha atenção ao que tinha acabado de acontecer.

O Príncipe Nikolay tinha acabado de assar o Príncipe González como um frango no espeto e em toda a minha vida eu nunca tinha visto alguém destruir outra pessoa com a verdade como Nikolay fez. Ele foi profundo e incisivo, abalou as estruturas de Gonzáles, destruiu o chão debaixo dos pés dele.

Naquele momento eu quis ser como o Príncipe russo, selvagem.

Mas será que eu conseguiria ser assim tão cruel? Eu suportaria possuir o poder de ser tão destrutiva?

O Príncipe Gonzalez saiu desnorteado e praticamente fugindo de Nikolay e me notou mais por ali. Acho que zombar de mim agora deve ter perdido um pouco a graça para ele.

— Nikolay! — O Príncipe Theodoro surgiu de repente como um furacão na direção dele. — Você não pode falar com os nossos convidados dessa maneira.

— É mesmo? E como você tem tratado a convidada de honra da sua mãe durante esta tarde? — O Príncipe Nikolay respondeu direto e reto sem levantar a voz e no alto de toda a sua elegância.

O Príncipe Theodoro olhou para mim de repente parecendo desconcertado e voltou a olhar para Nikolay.

— Você devia cuidar da sua própria vida, Nikolay. Com licença. Vou checar se Gonzáles está bem.

Eu fiquei olhando enquanto o Príncipe Theodoro se afastava para procurar por Gonzáles onde quer que ele tenha ido se esconder para chorar e depois olhei para o Príncipe Nikolay.

— Uau! Isso foi... uau! — Isso era tudo o que meu cérebro conseguia produzir naquele momento.

— Eu não entendo porque as pessoas não gostam de mim por aqui. — O Príncipe Nikolay falou e eu franzi as sobrancelhas olhando para ele curiosa.

— Espera aí. Isso foi uma piada? — Falei rindo e ele sorriu.

— O quê? Por acaso acha que eu não tenho senso de humor? — O tom na voz dele agora era mais leve e despojado como nunca vi antes.

— Bom, eu admito que sim.

— Certo, eu entendo que passo mesmo essa impressão.

Eu sorri achando interessante como o Príncipe russo naquele momento parecia só um rapaz normal.

UM PRÍNCIPE NADA ENCANTADOOnde histórias criam vida. Descubra agora