002. O garoto Desaparecido

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Olá!! Como vocês estão, espero que bem.
Apenas explicando algumas coisinha que saíram diferente da série para que pudéssemos nos situar: Five chegará a Hawkins no dia seguinte da primeira tentativa de "resgate de Brenner", ele teria tentado sequestra-la no fim da tarde, sem sucesso. Então pegou um carro e foi até Illinois que seriam umas três horas de viajem, encontrando Five no meio do treino de luta que ela tinha no horário.

Seus horários no Laboratório de Elgin eram bastante rigorosos, como veremos mais a frente.

Imaginei que uma explicação seria boa para não ficarem confusos de qual parte a história de Five se inicia. Espero que tenha ficado claro.

Além disso, peço desculpas pela demora. Fim de semestre de faculdade é meu pior pesadelo, mas chegou e espero que gostem!

Boa leitura!

...

— E essa aqui... — falei sentindo o sorriso nascer em meu rosto. — Se encaixa perfeitamente nessa.

Meu eu de dez anos movimento a cabeça, encaixando a peça azul perfeitamente com as outras, assim como havia feito com as vermelhas e as amarelas, formando três cubos perfeitos. Ouvi palmas e olhei para cima, vendo Papa com uma face orgulhosa.

— Muito bem, Five. Ganhou uma hora a mais na sala do arco-íris, hoje. — colocou a mão em meu ombro, me parabenizando. Sorri, feliz com a conquista e me levantei, dando lugar a Seven que carregava uma careta. — Vá acompanhar as outras crianças, sim?

— Claro, papai. — concordei me levantando da cadeira e me afastei da mesa, vendo Peter arrumar outro tipo de jogo para meu irmão mais novo. Dorothy, uma enfermeira, segurou meu braço e me levou para fora da sala, onde seguimos pelo corredor. — Eu não vou precisar ir para o quarto escuro hoje, vou?

— Vamos até a sala do arco-íris, Five. — não me respondeu. Engoli seco sentindo o medo tomando conta, mas assenti seguindo Dorothy pelo corredor.

Ouvi choro e gritos atrás de mim e a enfermeira apertou meu braço, mas isso não me impediu de parar e me virar para ver o que acontecia. Seven se debatia e chorava enquanto era carregado pelos enfermeiros em direção a uma ala conhecida.

A reposta veio rápido: eu não iria ao quarto escuro hoje porque não havia falhado, diferente de Seven. Aquela era a direção para o quarto escuro, lugar que tentávamos evitar a todo custo.

Dei um passo em direção a eles sentindo as unhas de Dorothy fincarem em meu antebraço.

— Não quer acabar como ele, Five. — cantarolou em meu ouvido. — Aquele lugar é pouco comparado ao que acontecerá se for até ele.

A ameaça reverberou pelo meu corpo me paralisando no lugar enquanto o assisti ser carregado até desparecer na dobra do corredor.

— E por isso, Five, você deve continuar o bom trabalho. — falou atraindo meu olhar para um sorriso simpático e doce. — Deixe seu Papa controlar você e vai continuar ganhando as melhores coisas. Combinado?

Demorei alguns segundos para balançar a cabeça, sentindo que havia algo errado em sua fala. Por que papai iria querer me controlar?

— Use palavras, querida. — falou ainda bem humorada, mas sua mão continuava apertando meu braço com uma força descomunal. — Combinado?

— Combinado. — repeti esperando que o aperto em meu braço aliviasse, mas ela apenas sorriu e me puxou na direção contrária que haviam carregado Seven.

Eu não o vi por dois dias e aquilo havia sido aviso suficiente.

09 de novembro de 1983
08:47 — Laboratório Nacional de Hawkins.

005 - Stranger ThingsOnde histórias criam vida. Descubra agora