Entre o amor e a guerra

Salvem-se

O planeta parou de girar e todas as pessoas ao redor congelaram. Não existia mais guerra, exército, Rússia, Ucrânia, nem mesmo o ar se fazia muito presente naquele momento.

Como acender um fogo, um estalar de dedos, uma virada de chave. Um olhar, um momento, uma troca.

- O QUE PRECISAM.. - Lena precisou repetir as palavras pra conseguir voltar a realidade e se recompor ao que estava falando. - TER EM MENTE É QUE A UCRÂNIA AGORA PERTENCE A RÚSSIA. - Continuou andando e desviou o olhar.

Kara ainda encarava aquela mulher bem vestida e de jeito rígido. Piscou algumas vezes sentindo seu peito subir e descer rapidamente.

- VOCÊS PODEM SEDER POR BEM.. OU POR MAL. SEUS LARES, SUA TERRA, SEU PAÍS PERTECEM A NÓS A PARTIR DE AGORA. E ESPERO QUE NÃO PRECISEMOS TOMAR MEDIDAS DRÁSTICAS PARA NOS OBEDECEREM.

Se afastou para ver todos melhor e parou. Por algum motivo seus olhos insistiam em procurar a loira desconhecida que tinha fitado.

- E COMO VAMOS VIVER AGORA?

- COMO VAMOS TRABALHAR?

As pessoas perguntavam de longe.

- ATÉ SEGUNDA ORDEM, FICARÃO NAS SUAS CASAS E DARÃO TOTAL APOIO AOS MEUS SOLDADOS. ESPERO TER SIDO CLARA! SOLDADOS!

Ordenou e os soldados ao redor das pessoas começaram a guia-los de volta suas pequenas e atiradas casas.

- Oi passarinho! Tava te procurando. - Kara se assustou ao ouvir aquela voz e quando olhou pro lado, um dos homens que tinha a assediado no seu trabalho passou por ela com um sorriso malicioso, sendo arrastado por um soldado. - Agora vamos ficar pertinho um do outro. Mal posso esperar pra visitar você.

Saiu falando como um louco que era.

- Quem é esse homem filha?

- Ele trabalha no mesmo lugar que eu mãe. - Somente disse isso e baixou a cabeça.

- VAMOS! - Outro soldado as guiou de volta para sua casa.

A loira estava com muito medo e não sabia o que poderia estar por vir. Mal ela sabia que estava sendo observada de longe pela capitã do exército inteiro.

- Algum problema Capitã? - Winn questionou a olhando.

- Quem é aquela garota? - Mostrou com um aceno de cabeça.

- Não sei, mas impedi que os soldados fizessem algo muito errado com ela e a mãe antes de saírem.

A morena respirou fundo e trincou o maxilar.

- Se eu pegar algum soldado fazendo essas coisas, eu mesma atiro na cabeça dele. Vamos.. temos trabalho a fazer.

O restante do dia inteiro foi a instalação das grandes barracas dos soldados e a maior de todas, que era da capitã.

Uma mesa foi colocada e algumas cadeiras.

Mesa está que estava cheia de papéis. Lena pegou seu maior mapa e espalhou por ali analisando os locais e também checando seu tablet.

- Capitã! - Winn se apresentou.

- Descansar sargento.

- E então? Como estão as coisas? - Se aproximou da mesa.

- Estou analisando o próximo local que podemos avançar.

- E seu pai falou algo?

- Nos falamos por telefone há pouco. Mandou Edgepetrov para o outro lado de Kiev, assim podemos ir avançando aos poucos. - Puxou o ar e se serviu do seu companheiro Whiskey.