Voce gosta de mim?

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Winn estava concentrado olhando alguns papéis naquela mesa improvisada.

Levou um susto ao ouvir o telefone tocar.

- Alô?

- Sargento?

- Isso mesmo.

- Aqui quem fala é o Tenente Edgepetrov. - Revirou os olhos notando quem era.

- Como vai Tenente?

- Onde está sua capitã?

- No momento não se encontra por perto.

- E onde ela está?

Winn juntou as sobrancelhas.

- Qual seria o motivo da ligação Tenente?

- Um batalhão para cuidar e a capitã não está por perto han?

- Acho que não estou entendendo.

- Sinto a incompetência de longe, sargento. Passar bem. - E desligou.

- Que homem louco. - Sussurrou não entendendo nada.

- Sargento. - Um rapaz se apresentou pela barraca.

Seus olhares se fixaram.

- Pode entrar.

- Desculpe interromper. Está rolando uma briga.. - Winn ouviu gritos de longe e bufou se levantando.

Olhou para o homem que tinha traços aparentemente atraentes. Cabelos e olhos castanhos, alto e gentil.

Logo desviou os pensamentos e foi atrás das vozes.

Saiu da barraca e notou não muito distante dois soldados se brigando entre a areia.

Um estava em cima do outro enchendo de socos com uma pequena torcida em volta.

- SEU MENTIROSO!!

- Sai.. - Winn tentou intervir sem sucesso. - SAI DE CIMA DELE! - Puxou o outro jogando ele contra o chão. - O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - Chamou a atenção.

- Esse babaca tá dizendo que a capitã matou aqueles homens por gosto. - O homem no chão tentava se recuperar enquanto falava.

- Eles eram meus amigos!! Como apareceram mortos de repente!? - O soldado tinha raiva na voz.

- Como você ousa duvidar da sua capitã desse jeito, soldado!? - Winn o confrontou.

- Pra começar por que ela não tá aqui!? Estamos todos cansados e morando nessas barracas esperando alguma ordem e nada acontece!!

- É verdade. - Os outros começaram a concordar.

- Não podemos avançar se não temos ordens de cima. - O sargento tentava acalmar a situação. - Sei que estão todos cansados e querendo voltar para suas casas. Mas estamos prestes a ter uma guerra e já demos o primeiro passo. A capitã não está porque ela que precisa estar à frente de outros assuntos para que tudo ocorra bem. Nesse momento precisamos ser pacientes e esperar novas ordens. - Os homens prestavam a atenção mas não pareciam muito convencidos. - Agora vão! Temos que continuar vigiando.

Winn respirou fundo vendo os soldados se afastarem. O rapaz de mais cedo tocou no seu ombro e deu um pequeno sorriso.

- Muito bem sargento. - Sem reação, ele sorriu sem graça.

- E qual seu nome soldado?

- Mon-el.

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Entre o amor e a guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora