- Sakura! - A voz estridente de Ino chamou sua atenção.
A loira a encarava com uma feição nada feliz.
- O que? - Sakura perguntou sem saber muito bem o que estava acontecendo.
- Você pode me passar a ficha de cadastro de medicação? Já pedi mil vezes.
- Ah, me desculpa – a garota de cabelos rosados procurou rapidamente pelo papel que a amiga precisava.
- O que você tem hoje, Sakura? - Ino aproximou-se para pegar a tal ficha que lhe era estendida – Está doente? Estou achando você meio febril – falou, tocando a testa da amiga em seguida, comprovando que a pele, além de meio rosada, estava quente.
- Não estou doente Ino! - Sakura afastou a mão da loira – só estou... distraída.
- Aconteceu alguma coisa? Está preocupada com o que?
Bem, a cabeça de Sakura encontrava-se uma grande confusão naquele dia, um milhão de questões davam voltas e voltas em sua mente. Por um lado, a noite passada havia sido incrível, a garota achava que nunca tinha sentido tanto tesão na vida, e se entregar a ele tinha sido uma coisa meio louca e inconsequente. Tinha ido além de tudo o que imaginou ser capaz de fazer e do que imaginou ser possível sentir. E pensando naquilo, queria de novo. Mas, por outro lado, pensava se aquilo era certo, se era normal desejar tanto aquele tipo de coisa.
Também, por incrível que pareça, se preocupava com a questão dos clones, eles eram sempre os mesmos? Será que quando apareciam eles se lembravam de tudo? Ou eram outros completamente diferentes? Quando ela chegava no impasse sobre o que fazer com aqueles desejos que pareciam tão pervertidos, sua mente se desviava para outras preocupações.
No fim, tinha passado o dia inteiro meio fora do ar, atrapalhando-se pelo hospital. Naquelas atividades burocráticas, em que não havia nenhuma vida em risco, é claro, permitia sua mente vagar para um outro mundo, relembrando todas as coisas que tinha feito com o marido, o que a deixava invariavelmente com a calcinha molhada, ao mesmo tempo que se recriminava, tentando controlar a si mesma.
- Acho que preciso conversar com alguém – ponderou, imaginando que Ino, que era a pessoa mais aberta sobre sexo que ela conhecia, poderia ajudar – mas não posso falar sobre isso aqui.
Quando o expediente no hospital acabou, as duas garotas seguiram até um bar que ficava distante o suficiente do hospital para que não houvessem muitos conhecidos aparecendo a qualquer momento. Mal sentou-se, Sakura já pediu por uma cerveja, precisava de álcool se pretendia mesmo falar sobre aquilo.
- Testuda, você tá muito estranha hoje – Ino pediu também uma cerveja para acompanhar a amiga. Já estava ficando realmente preocupada com Sakura àquela altura – desembucha logo.
Sakura não havia, porém, pensado em como contar aquilo. Geralmente era Ino que aparecia com as histórias malucas, e, embora Sakura fofocasse junto, nunca havia contado nada tão revelador sobre sua própria vida. Então resolveu ir pela abordagem direta para resolver logo o problema.
- Ontem eu transei com um clone do Sasuke – depois de jogar aquela bomba, bebeu um longo gole da cerveja gelada tentando se acalmar.
- Um clone tipo aquele gêmeo do mal que andou por ai um tempo atrás? - Ino imaginou se o problema era que Sakura havia ficado com outra pessoa que não o marido.
- Não, um clone das sombras – Sakura estava tensa porque Ino parecia séria demais.
- Desde quando o Sasuke sabe fazer clones das sombras? - A loira estranhou.
- Desde ontem, aparentemente.
- E como você sabe que era um clone? A não ser... - a loira levantou tando as sobrancelhas que Sakura achou que encostariam na raiz do cabelo.
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Kage Bunshin no Jutsu
Fiksi PenggemarSasuke resolve fazer uma surpresa para a esposa, no que promete ser uma noite inesquecível. A verdadeira história sobre porque Sasuke aprendeu o jutsu clone das sombras.