II - Mar Iluminado

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Se fosse deseja que algo ilumine a escuridão, você acende uma luz e todo o lugar escuro se ilumina imediatamente.
As pessoas temem o escuro, por isso criaram a luz, por isso ela se fez luz.
Por mais que ela não seja como uma deles, os piratas a acolheram como uma família, Muriel se sentia estranha, isso nunca havia acontecido com ela, nem quando estava viva.

— Senhora Muriel, como é viver dento do mar? – pergunto Marco

— Como é viver? Bem, é normal – respondeu, não havia nada de diferente depois que se acostuma

— As pessoas falaram que lá é totalmente escuro, não sente medo – perguntou Haruta

— Eu sou o mar iluminado, porque devo temer a escuridão? – ela os perguntou

— Bem.... Isso não é normal? – Jozu a perguntou

Ela ficou pensativa, ter medo de algo é normal, mas desde que se deu conta que se tornou: "o mar iluminado" ela não sente mais isso.
Ela passou o dia pensando nisso, não sabia muito bem como explicar sobre aquilo, nem para si mesma.
Depois de um tempo, parece que tinha esquecido desse acontecido e segui as outras semanas como se essa pergunta nunca house sido feita para a mesma.
Numa certa noite, a mulher estava sentada no mastro observando o silencioso e imenso mar dali, ela sabia que não deveria ficar mais ali, não era como eles, por mais que aquele bando tenha lhe dado as boas vindas, ela suspiro, após alguns anos, estava sentido sono, porém, nao desejava dormi, odiava os pesadelos que tinha nas noites que dormia.

— Minha senhora, por que nós deixou?

Ao dizer ao vento na esperança que chegasse a algum lugar, mesmo sabendo que esse lugar não existia mais.
Na profunda escuridão da noite, ela se deixou iluminar pela lua, e novamente se torna um mar iluminado.
Em outro dia, ela já estava com os piratas do barba branca novamente como se não tivesse entrando em uma crise existencial na noite passada.
Ela conversava com todos e todos com ela, era como se ela fosse daquela família a muito tempo, mesmo só estanto ali a um mês.

— Pera, você já deve um superior? Quem era?   – White Bay a perguntou por curiosidade

— sim já tive, a minha senhora já morreu a muito tempo – respondeu

— Qual era o seu nome? Poderia dizer? – perguntou Thatch curioso

A mulher recuou diante daquela pergunta, não pelo fato de ter esquecido o nome de sua senhora, mas a regra era clara: não poderia ser dito até que ela voltasse.

— Não posso dizer, os mortos não devem ser citados – respondeu o garoto, triste — Minha senhora não deseja que seja falada por ai

— Essa senhora não devia ser boa coisa então, pra dizer algo assim – falou Haruta

— Não fale de minha senhora assim – exclamou irritada — Se não fosse por ela, não estaria aqui e sim na escuridão mais profunda

Os piratas que estavam próximos se assustaram, ela no último mês se mostrou calma e compreensiva, mas foi citado um tema muito delicado naquele momento.
Percebendo os olhares dos demais, correu para fora do navio, ela estava convicta em volta para dentro do mar, onde era o seu lugar, mas alguém a chamou.

— Aconteceu algo, Muriel? – Newgate a viu passando correndo e resolver pergunta

Ela se manteve em silêncio, mas confiava naquele capitão pirata.

A Dama do Mar [One Piece]Onde histórias criam vida. Descubra agora