A Dama do Mar [One Piece]

XII - Sob as Belezas de um Sonho

Muriel caminhou pelo convés vazio, mas ela conhecia aquele mesmo convés, tão alegre e cheio de pessoas, seu coração doía ao lembrar daqueles que havia partido para uma jornada própria.

Seus recordos eram muitos, mas algo não parecia certo.

Caminho mais um pouco, olhou para o céu escuro, só havia escuridão.

Foi em direção a beirada do navio, conseguiu ver algo se iluminando em baixo do navio.

Sentou-se na ponta e de jogou em direção ao mar, o seu lar.

Aquela água salgada parecia ser feita apenas de ar e vento, não era algo que molhava Muriel, já que ela era feita de água.

Mergulhando cada vez mais fundo, como se o fundo a puxasse para si.

Lembrou-se da primeira vez que isso aconteceu, foi a 600 anos atrás, quando se tornou uma com o mar.

Ao chegar no fundo, aquela luz era a única coisa que se iluminava no meio do escuro mar.

Todavia, aquela escuridão parecia rodiar aquela luz e principalmente o navio que estava acima.

Aquela escuridão profunda estava tomando a forma de um buraco negro. Os olhos de Muriel se arregalaram e ela tenta nadar de volta para o navio, usando a própria luz para impedir que o buraco negro consumisse o navio, mas ela não chega a tempo, assim... Ela acorda.

Muriel estava um pouco ofegante, mas se sentou onde estava, não era normal adormecer, na verdade, não tinha nenhuma necessidade sobre isso.

Apoio a mão em cima do rosto tentando se acostumar com a luz do sol, havia um coberto sob o seu corpo, talvez algum de seus filhos havia colocado ali para a aquecer, mesmo que não fosse uma ação necessária, mas ela acho fofo.

Novamente, ela olha ao redor e ver aquela nostálgica animação daquele lugar e se lembra do sonho, um vazio estranho a preencheu.

Já havia passado algum tempo que a grande era dos piratas se início, não sabe quando tempo passou, já que não tinha nenhuma noção disso, mas pode ver as pessoas mudando aos poucos.

— Hahae, você está ouvindo? – chamou o loiro

— Ah, desculpa, o que estava falando Marco? – pediu para repetir

Ele suspiro.

— A senhora se perdeu em pensamentos de novo, aconteceu algo? – questiono ela

— Não, não foi nada, pode continuar contando o que queria me falar – respondeu

Marco a contou algo a ela, mas a mulher pode apenas ouvir sem dizer muito. Pode observar como o tempo passou para o rapaz a sua frente assim como para os outros.

Ao anoite, ela se encontrou no convés do navio, mas não era o mesmo sonho, era a realidade.

Conseguia sentir a brisa do mar em sua pele e o gosto salgado do mar em sua boca.

Sentiu calafrios pelo corpo ao lembrar do que aconteceu.

Muriel desejo que o que acontecia naquele sonho, não fosse real... Nunca.

— Você andou um pouco estranha hoje, Muriel – falou uma voz alta em grossa, mas passava uma calmaria que Muriel amava

Muriel se virou e sorrio docemente

— Eu apenas tive um sonho estranho, Ed – respondeu

— Um sonho? Uma vez não havia me dito que não sonhava? – recordo o que a esposa falou

Ela deu uma risada enquanto ajeitava os cabelos que foram aos ventos.

— É uma coisa que acontece de vez enquanto... Normalmente fala sobre uma coisa que pode acontecer – falou tristemente

Shirohige deu uma risada alta.

— Bem, é só um sonho, certo? Não é como se pudesse acontece – falou em meio a risada

Muriel riu junto dele.

— Sim, não é como se fosse acontecer – afirma com incerteza.

Muriel sempre desejo, desde pequena, que seus sonhos nunca se tornassem realidade.