Lembranças Doloridas

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Eu acordei e estava deitada no peito dele, ele dormia profundamente eu fiquei olhando como ele era bonito, e pensando pq ele está fazendo tudo isso por mim, eu não consigo entender mais decidi não ficar me perguntando, eu só tenho ele pra me ajudar a recuperar meu filho.

Me levantei e fui pra sala era cedo, eu me sentei no sofá e fiquei pensando como meu menino passou a noite, se se alimentou ou estava com frio ou com saudades de mim como eu estou dele. E falei em voz alta.

Juliette - Deus eu sei que eu sou toda errada, que não mereço nem a sua atenção, mais por favor cuida do meu filho, ele é só uma criança. Por favor

Saia lágrimas dos meus olhos sem eu querer.

E me fez lembrar do dia em que meus pais e meu irmão me rejeitaram.

Eles chegaram na casa em que eu moro de surpresa, quando estava saindo dei de cara com eles , me pegaram saindo de casa, com um vestido curto e uma sandália e uma barriga enorme.

Juliette - Pai

Lourival - Que roupa é essa Juliette?

Fátima - E está de barriga?

Otto - Falou tanto de mim em Juliette acabou pior que eu.

Juliette - O que vcs fazem aqui?

Fátima - Viemos fazer uma visita

Juliette - Pq não me avisaram?

Lourival - Pra que? Pra vc esconder o que faz pra viver?

Juliette - Pai eu posso explicar. Eu não tive outra opção eu estava grávida, cheguei a morar na rua passei fome, cidade grande é uma ilusão.

Lourival - Ser quenga não deveria nem ser uma opção pra vc minha filha, a gnt te criou direito, mais nunca se contentou com nada sempre queria mais, olha aí onde foi parar.

Juliette - Eu estou grávida de um neto de vcs pra que me tratar assim.

Lourival - Filho de prostituta não é meu neto, a partir de hj vc está fora dessa família, você é uma vergonha e uma decepção Juliette.

Juliette - Pai não faz isso

Eu falei chorando

Juliette - Mãe por favor

Fátima - Eu não sou mãe de quenga

Eles viraram as costas e nunca mais os vi.

Eu estava secando minhas lágrimas quando sinto uma mão no meu ombro

Rodolffo - Tá tudo bem?

Juliette - Tá. Só saudades do meu filho.

Rodolffo - Eles ligaram, nos podemos visitar ele as 10 horas.

Eu dei um pulo do sofá

Juliette - Sério? Aí meu Deus graça a Deus.

Rodolffo - Mais só visitar, trazer ainda não.

Ele preparou nosso café nos arrumamos e fomos até o lugar q eles estava.

Parece um orfanato, está cheio de crianças. Tem uma mulher apresentando o lugar pra gente.

Mulher - Aqui ficam as crianças que os pais são usuários de drogas, ou pai matou ou a mãe vive versa, aqui está preparado para cuidar física e mentalmente das crianças temos psicólogos para tratar dos traumas delas .

Juliette - Mais meu filho não tem trauma nenhum senhora

Rodolffo - Calma Ju

Juliette - Calma não, meu filho nunca esteve perto de nada disso, ele foi muito bem cuidado por mim. Isso tá errado.

Rodolffo me abraçou

Mulher - Eu só cumpro ordens senhora. Vamos lá ver ele.

Ela nos levou até o refeitório ele tava comendo bolacha de maisena e estava todo com bolinhas vermelhas pelo corpo.

Juliette - Filho

Ele correu pra me abraçar

Juliette - Rodolffo ele está com alergia olha aqui o corpinho dele, ele precisa ir no médico é perigoso.

Rodolffo - Eu vou resolver isso fica aqui

Ele saiu e eu fiquei abraçada com meu filho, matando as saudades.

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