Eu Não Queria, Eu Juro

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Eu acordei estava deitada na cama de hospital, e Rodolffo estava próximo de mim. Eu sentia dor pelo meu corpo todo.

Rodolffo - Ju que bom que acordou.

Eu comecei a chorar.

Juliette - Rodolffo eu não quis eu juro, eu não fui pq eu queria, ele me obrigou me espancou, eu não tive forças, eu tentei mais não consegui, por favor não tira meu filho.

Eu falava e chorava ao mesmo tempo

Rodolffo - Calma, calma. Tá tudo bem agora.

Ele me abraçou.

Juliette - Eu não queria, eu pedi ajuda, ninguém me ajudou.

Eu mal tinha fôlego de tão desesperada que eu estava. Eu não queria decepcionar o Rodolffo.

Rodolffo - Ju calma, olha pra mim, eu sei que não foi culpa sua.

Juliette - Foi horrível Rodolffo, eu achei que ia morrer, ele me puxou pelo braço eu disse que não fazia mais programa, mais ele não me ouvia, estava cego, eu bati na cara dele, ficou muito bravo e me espancou no meio da rua, depois me colocou no carro dele e... Pq os homens sempre me usam desse jeito. Eu tô cansada dessa vida desgraçada, as pessoas fazem o que querem comigo e eu tenho que me reerguer e seguir enfrente.

Rodolffo - Calma, calma não chora, eu tô aqui agora, isso não vai mais se repetir, ele vai ser preso e pagar pelo que fez. Não chora mais por favor.

Encostamos nossas testas a gente ia se beijar mais alguém bateu na porta.

Ele se afastou e eu disse que podia entrar.

Eva - Filha

Juliette - Eva

Eu comecei a chorar

Eva - Não chora meu amor.

Juliette - Eva foi horrível, ele me estuprou pq eu disse que não fazia mais programa, ele me bateu tanto que eu achei que fosse morrer, ninguém me ajudou, iam me deixar morrer ali só pq eu era prostituta Eva, eu nunca fiz mal a ninguém.

Ela estava chorando.

Eva - O minha filha, você agora saiu dessa vida e tem quem te ajude, não pensa mais nisso.

Eu abracei e chorei.

Juliette - Você vai buscar o Leo?

Perguntei a Eva e Rodolffo respondeu.

Rodolffo - Ah Lucia pegou e está com ele.

Ele estava com os olhos vermelhos.

O médico entra na sala.

Medico - Boa tarde

Todo mundo respondeu e ele continuou.

Médico - Bom senhora Juliette você sofreu uma fratura na costela e no pé, vai usar botinha e a costela infelizmente não tem como engessar é só repouso até o osso se juntar novamente. Sobre o abuso que a senhora sofreu.

Eu olhei pro Rodolffo com vergonha.

Médico - O hospital é obrigado a chamar a polícia e uma psicóloga. Provavelmente logo logo eles estão aqui para conversar com a senhora.

Eu só balancei a cabeça que sim.

Médico - Se precisar é só me chamar.

Juliette - Obrigada doutor

Eva - É bom você conversar com uma psicóloga.

Juliette - Pra que? Se a gente fosse pagar  psicólogo toda vez que  sofresse uma abuso por parte de algum homem, não teríamos dinheiro pra mais nada.

Eva não disse nada.

Rodolffo estava sentado e olhando pra baixo. Eu não conseguia decifrar sua feição. Aquilo me causa gatilhos horríveis como se eu estivesse o decepcionando.

Bateram na porta eu disse que podia entrar, era a polícia, pediu pra Eva e Rodolffo sairem do quarto para ouvir meu depoimento.

Ele pediu os traços do cara pra ele fazer um retrato falado e depois eu  comecei a contar pra ele o que aconteceu, e quando eu disse que eu fui forçada a ter relações com o cara, ele riu.

Juliette - Pq está rindo?

Policial - Você é uma garota de programa, mais esta dizendo que ele foi forçada ?

Juliette - Sim estou.

Policial - O vc fez o que pra que ele ficasse bravo?

Juliette - dei um tapa na cara dele e disse q não iria com ele, foi aí que  me forçou a entrar no carro.

Ele só escreveu lá no papel e disse que iria procurar por ele se achasse iam me ligar para identificar se  a mesma pessoa. E foi embora.

Logo a Eva entrou na sala

Eva - E aí?

Juliette - E aí q ele riu quando disse q sou garota de programa e me neguei a transar com um cliente. Você e eu sabemos que esse caso não vai pra frente. Cadê o Rodolffo?

Eva - Está lá fora, ele está muito preocupado com vc.

Juliette - Eu tenho medo dele pensar que eu fui pq quis. E me tirar meu filho. Eu jurei que não iria mais fazer programa.

Eva - Mais você não fez, você foi forçada.

Juliette - Será que ele vai acreditar nisso?

Eva - Claro filha para de pensar mal dele.

Juliette - Eu tô com tanta dor.

Eva - Vou chamar a enfermeira quem sabe ela da algum remédio pra dor.

Ela saiu e eu enfim fiquei sozinha, eu fui sentindo uma tristeza, comecei a me lembrar dos meus pais do cuidado do meu pai quando  algum menino chegava perto de mim na adolescência . Ele era uma pai ciumento e cuidadoso comigo, se ele me visse aqui nessa cama toda machucada cheia de hematomas, ele iria ficar tão decepcionado comigo por ter chegado a essa situação. Adormeci.







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