POR TRÁS DA VIDA FÁCIL

Papai

Foi ele, eu sei que foi, eu vi no olhar dele o desprezo e raiva que sente por mim.

Juliette - Foi ele, foi ele

Eu falava baixo

Rodolffo - Ele quem Ju?

Eu olhei pro Rodolffo sentindo pena, mais eu não vou poder esconder dele essa decepção.

Juliette - Seu pai!!

Rodolffo - meu pai? Como assim?

Juliette - Seu pai me odeio Rodolffo ele me quer longe de vc, ele me ofereceu dinheiro pra sumir da sua vida com Léo. Ele deixou bem claro que vai fazer qualquer coisa pra você se livrar de mim. Foi ele quem deu alguma coisa pro Leo comer. Comigo eu aguento qualquer coisa mais com meu filho ninguém mexe.

Rodolffo - Como é? Ele te ofereceu dinheiro?

Ele estava em choque e com razão.

Juliette - Me desculpa te dizer isso, eu não ia te contar, mais ele mexeu com meu filho, ele tá passando mal dentro de uma sala de hospital pq seu pai não me quer perto de você.

Rodolffo - Você tem certeza que foi ele?

Juliette -Quem mais seria? Sua mãe comprou comida especial só pra ele, avisou todo mundo da cozinha. Ele me odeia Rodolffo, vc tinha que ver o jeito que ele falou comigo, disse q eu tinha um preço fixo mais ele dobrava o valor so pra me ver longe de você.

O médico chegou na hora

Juliette - Então doutor como está meu filho?

Médica - Conseguimos conter a alergia, ainda bem que vcs trouxeram logo  mais um pouco e a garganta fechava.

Juliette - Nós podemos ver ele?

Médico - Daqui a pouco a enfermeira vem chamar vcs.

Rodolffo estava em completo silencioso

Enfermeira - Vcs são os pais do Leo?

Juliette - Sim

Enfermeira - pode vim comigo

Chegamos no quarto ele estava dormindo e todo cheio de bolinha vermelha.

Enfermeira - Ele está sonolento pq tomou antialérgico em dose alta, nas próximas horas ele vai dormir, quando acordar pode me chamar tá. C licença.

Juliette - Obrigada

Rodolffo sentou no canto do quarto mudo.

Juliette - Rodolffo?

Rodolffo - Oi?

Juliette - Fala alguma coisa. Tá me deixando preocupada.

Rodolffo - Eu não acredito que meu pai seja capaz disso.

Juliette - Você acha que eu estou mentindo?

Rodolffo - Não, não disse isso é só que é difícil de acreditar que meu próprio pai seja capaz de machucar uma criança desse jeito.

Minha vontade era de colocar mais lenha na fogueira e dizer que ele foi capaz de me colocar ele num orfanato, fazer isso não seria nada. Mais eu não queria causar mais dor.

Depois de duas horas Leo acordou.

Leo - Mamãe

Juliette - Oi meu amor

Leo - Papa dodói

Juliette - Foi meu amor, você comeu o papa que faz dodói né. Mais já melhorou.

Rodolffo se aproximou da cama e Leo olhou pra ele

Leo - Papai

Rodolffo e eu arregalamos os olhos é a primeira vez que ele chama o Rodolffo de pai e não de batom de Cereja.

Rodolffo - Oi carinha, eu tô aqui filho, tá melhor?

Ele balançou a cabeça que sim.

Rodolffo fazia carinho na cabeça do Leo e chorava. Eu acho que a fixa dele estava caindo quanto as maldades do pai.

Juliette - Eu vou chamar a enfermeira

E sai aquele momento era dele.

Logo depois examinaram ele estava tudo bem e veio a comida e logo depois a alta. Chegamos em casa o Rodolffo deixou a gente e falou.

Rodolffo - Mais tarde eu volto, pegou o carro e saiu sem dizer onde ia.

Eu não sei o que Rodolffo vai fazer, mais isso que aconteceu com meu filho não vai ficar por isso mesmo. Eu cansei de  entender todo mundo . No final das contas eu termino me ferrando e tendo que me virar sozinha.