Capítulo 50

62.5K 3.9K 3.1K
                                    

Maia Alencar 📍






A água gelada arrepiava o meu corpo, mas não do jeito que ele fazia.

Aperto seu ombro com as costas na parede do meu banheiro sentindo a sensação boa me invadir pela segunda fez. Respiro fundo com o coração acelerado quando meu corpo começa a relaxar novamente. Subo as mãos no seu pescoço e sua mão aperta forte minha perna que estava envolta da sua cintura, ele para de se mover quando seu rosto está envolta respirando ofegante, ele me olha por minutos e o puxo beijando.

Não acredito que tinha caído no papo dele de novo.

Era nove e meia quando Juan chegou aqui, estava pronta, até ele dizer que estava com sede, não percebi que quando ele disse isso era apenas uma brecha pra ele entrar na minha casa dizer um monte de coisas e com essa mão boba que me tira o fôlego. Sim, eu sei que não consigo simplesmente resistir a ele.

Desço do seu colo quando ele me solta se afastando.

— Não era pra visitar o Gabriel ? — pergunto pela segunda vez.

— Ainda é — retira a camisinha dando um nó abrindo o box escuro e jogando no lixo — Vamos depois daqui.

— Você é um canalha isso sim, não sei como eu caí no seu Papinho — passo a mão no cabelo molhado da água, aproveitei que tô debaixo do chuveiro e me limpo.

— Se liga, tinha que começar o dia relaxado — me empurra devagar do chuveiro e entra.

Subo o olhar do seu peito todo tatuado, pela garganta e quando joga pra trás deixando a água cair, olhando ele assim tudo fica claro porque eu nunca resisto.

— E não tinha outra não ? — pergunto querendo a resposta, porque não se passava na minha cabeça ele estar aqui se tinha outras opções.

— Até tinha — abaixa o olhar, a mão dele vem até minha nuca e me trás pra perto abaixando o rosto encostando seu nariz com meu — Mas falei pra tu que tu fez uma reza braba pra esses teus santos aí — reviro os olhos com sua risada.

— Eu não fiz nada — encaro ele quando a outra mão desliza pelo fio dos meus cabelos mexendo — E explica isso direito porque não entendi o que você quis dizer — e realmente não tinha.

Já era difícil entender as gírias que fala, ainda por cima quer falar em código.

— Não entendeu ? — nego com a cabeça escutando sua voz baixa.

Pisco quando ele desliza o polegar pela minha bochecha me encarando, entreabri os lábios esperando quando acho que ele vai me beijar, mas não faz de imediato, a mão na nuca me mantém presa no seu controle, a outra vem arrumando minha franja, parada, apenas esperando o que ele ia fazer. Ergui meus pés deslizando minhas mãos no seu braço, puxei ele e beijei.

Isso tudo é tão doido e novo pra mim, que eu simplesmente não consigo pensar, nem ao menos quando se trata dele, deveria pensar muito já que eu tô beijando alguém envolvido com coisas erradas, tudo o que meu tio me diz vai por água abaixo quando eu vejo esse homem.

A mão desliza pela minhas costas, sinto o contato da sua língua com gosto de menta, mas ele não prolonga e me afasta.

— Tu vai foder com minha vida legal — respiro procurando o ar que parece que acabou — E para de ficar me beijando assim — muda a voz — Já gastei as camisinhas que trouxe contigo — dou risada e vou saindo do box — Me dá uma toalha lá.

— Como ? — me enrolo na minha levantando as sobrancelhas esperando a palavra mágica.

— Por favor — completa, saio de lá concordando, às vezes tinha que lembrar ele como é ser educado porque incrivelmente ele esquece as coisas básicas da educação.

MEU PECADO (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora