Capítulo 63

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Juan César 📍




Três dias, se passaram três dias.

Não tive nenhuma notícia, se antes ela já era difícil de responder agora então as coisa tinham piorado. Cogitei que ela tivesse ido embora, até ontem de manhã mudar esse pensamento quando a vi passar com aquele puto, de manhã.

O bagulho foi de segundos, tava perto da Igreja de onde ela tinha saído, tava encostado na moto resolvendo um problema e depois ia direto pra casa. Observei ela saindo de lá acompanhada, as roupas voltaram a ser como antes, ela andava rápido do lado dele, o cara parecia até mesmo um cão de guarda dela. Ele não era velho como imaginei quando ela me contou dele, chuto ter entre quarenta e pouco, pele clara, cabelos escuros, não tinha resquício de barba, acompanhado com a batina de padre.

De cabeça baixa e braços cruzados quando ela para de andar, o homem falava com uma mulher, assim que me olha não desvia, ia até lá mermo, tava pouco me fudendo, ia perguntar porque caralho não respondia as mensagens ou porque sumiu. Quando tinha desligado a moto e decretado a ir até ela, andando, atravesso a rua, na mesma hora ela volta a andar rápido sem nem me olhar, não me dá tempo de chegar nela, apenas ignora e sai andando.

O homem a segue rápido assim que se despede.

Nego com a cabeça achando isso impressionante.

Volto irritado, ligo a moto e vou direto pra casa, passo pelo lado dela e vejo que até aquela roupa ridícula, que agredia os olhos de quem visse ela tinha voltado a usar.

Vai tomar no cu, ele e ela. Se quer ficar fazendo joguinhos e esse papo de ficar ignorando de novo o problema é dela, não vou ficar indo atrás de ninguém não.

Na tarde seguinte estava em casa, tinha decidido resolver o b.o que me apareceu em casa. Choveu pra caralho esses dias, frente fria chegou e a última coisa que eu ia fazer era ficar andando por aí de moto, até porque deve tá tudo alagado.

— Amanhã eu tô passando aí e deixo a droga — mando um áudio falando com Vagner gerente da boca em nova aurora.

Tava precisando reabastecer lá, já acabou rapidinho, não vou negar que tô feliz pra caralho com isso, significa que o dinheiro tá entrando firme, Inclusive semana que vem tinha que fazer o balanço de todo esse lugar.

Quando a chuva para, tomo um banho colocando uma bermuda, visto uma blusa, pego o celular, arma e carteira metendo o pé pra antiga casa da Verá.

Sinto o vento gelado pra caralho, mas não o suficiente pra me por um casaco.

Quando chego lá abri a porta com a chave, tava um breu danado, vazio que só. Tive uma idéia maneira ontem antes de dormir, chamei Ângela até aqui e tava esperando ela. Liguei as lâmpadas de todo o cômodo, era um lugar bom, não é tão grande enquanto a outra em que a Verá mora, mas pô, três quartos, sala, cozinha e dois banheiros.

Era um lugar bom pro que eu tava passando.

Escuto passas atrás de mim e viro vendo a mulher entrando, a aparência não tava muito legal não, parecia estar doente, desde que a Maia tinha me falado dela agora comprovei que ela não tava muito legal.

— E aí Ângela — falo com a mulher apertando sua mão, a mesma sorri pra mim — Cadê o Gabriel ?

— Deixei ele em casa com o Luan, vim aqui rapidinho já que disse que queria falar comigo — parece meio acanhada.

— Entra aí pô — chamo pra que ela entrasse mais, parecia com medo, até parece que ia matar ela.

— Licença.

MEU PECADO (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora