Capítulo 69

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Juan César 📍



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— Bora lá que eu quero te mostrar teu presente — me levanto com ela da mesa.

Estava empolgada pra ver o que ganhava, hoje era seu aniversário e queria dá duas coisas pra ela, uma que ela pediu e outra já que tive a idéia.

— Fala logo o que é ? — pergunta animada.

— Bora lá que eu te mostro.

— Deixa eu só colocar uma roupa mais bonita — saí correndo da cozinha.

— Eu já vou começar a fazer o almoço pra ela — minha mãe fala — Meio dia vocês voltam pra casa, a comida já vai tá pronta.

— Hum... Vai fazer o que tia ? — Lucas deselegante fala com a boca cheia de bolo terminando de comer tudo.

— Vou fazer dois pratos, um molho com salmão e outro bobó de camarão — caramba, ostentação duas comidas — Letícia adora essas coisas de fruto do mar.

— É mermo tia ? — Lucas pergunta interessado.

— Sim, tem uns três anos que come vivo fazendo alguma coisa aqui em casa quando ela pede, uma vez até fiz um caranguejo bem temperado — eu me lembro, ela deu aula, comi pra caramba e a barriga explodindo.

— Por que eu não conheci a senhora antes em ? — se levanta.

— Voltei — volta com a camisa do Brasil branca e short, merma merda, só que com o cabelo solto.

— Quer ir também Juju ? — pergunto depois de olhar sua cara vendo todo mundo em pé, provavelmente se ligou sabendo que a gente ia sair.

— Eu quero — coração chega fica mole olhando com aquele rostinho.

— Bora então — ela se levanta rápido e rindo e segura nas minhas mãos.

Sai de casa deixando minha mãe sozinha cozinhando pra adiantar a vida dele como disse, como era no final da esquina onde eu ia levar ela não precisava ir de moto, vejo Lucas também seguindo a gente.

— Tu vai pra onde ? — olho pra ele.

— Como assim eu vou pra onde ? Eu vou contigo meu brother — revirei os olhos pra sombra que era esse garoto.

Júlia andava saltitante ao meu lado, ligada no 220, tô andando normal e a garota andando pulando. Na minha frente ia Lucas e Letícia, o cara já tava irritando ela, nem no aniversário ele dá sossego nela.

— Escuta, eu tô indo na frente eu nem sei pra onde estou indo — se vira pra mim — Pra onde a gente tá indo ?

— Final da esquina.

Anda até lá.

Quando paramos o quatro enfrente a uma pequena loja, peguei a chave abrindo a porta. Esse lugar era um bar antigamente, o dono decidiu se mudar e tava querendo botar pra alugar, conversei pro cara e comprei, paguei até um valor maior que era o esperado, mas também não deixei barato não, fiz ele reformar mesmo o dinheiro saindo do bolso, ele resolveu e fez tudo o que eu mandei, transformando o lugar péssimo e apresentável.

Lucas até ajudou com a decoração, o que foi um milagre ele não roubar nada de casa e sim desembolsar do seu próprio dinheiro.

— O que isso ? — Letícia pergunta baixo e impressionada.

Júlia se solta da minha mão e corre pelo pequeno cômodo.

O lugar não era grande, possuía um banheiro aqui dentro sem chuveiro. As paredes estavam pintadas de branco, tinha uma parede com um papel de parede brilhante que dava todo o ar de graça. Na parede mais larga que tinha, um espelho na horizontal enorme cobria tudo, uma bancada bastante espaçosa e cinco cadeiras rosas especialmente pra ela começar a maquiar as suas clientes.

MEU PECADO (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora