Dream Destiny | Jikook

DD VI

— E-Eu… E-Eu...

Travei o maxilar. Jimin me olhou com as sobrancelhas quase unidas, depois abriu um sorriso enorme nos lábios. 

— Você… — Me incentivou. 

Ah, quer saber? Vou falar de uma vez. 

— EU TE AMO! — Seu olhar se tornou fixo em mim. 

Aqueles segundos de um silêncio extremamente constrangedor quase me mataram até que…

— Eu também te amo, cunhado. — De repente, ele pulou, me abraçando em seguida. 

Continuei travado no lugar. 

Eu acabei de me declarar para ele, e Jimin "também", entretanto, esse "cunhado" no final da frase me deixou com cara de tacho. 

O que isso significa? 

— Gosto muito de você, Jungkook. Eu não sabia que o irmão do meu namorado fosse uma pessoa tão apaixonante. 

Eu sou apaixonante? Isso é bom?

— Você é um amigão para mim. — Pisquei por reflexo, me anestesiando por cada facada em forma de palavras que ouvia. 

"Irmão do meu namorado." 

"Amigão."

"Cunhado."

Mas sou apaixonante pelo menos. 

Sorri sem graça, ainda sendo esmagado pelo abraço de mini-urso que recebia. 

— Você também é um amigão para mim, Jimin. 

Oh Deus! Como dói falar assim. Parece que vou sufocar com esse sentimento dentro do peito. 

— Então… Além de ser meu super herói, você é o meu amigo-cunhado! Devemos comemorar. Que tal uma pizza enorme? Eu pago! Ganhei uns trocos por ajudar dois garotos em uma prova. 

Ainda não conseguia raciocinar direito, minha mente apenas se fixava nas malditas palavras que a rodeavam sem descanso. 

Amigo e cunhado. 

Amigo e cunhado. 

Amigo e cunhado. 

Inferno! Por que sou tão azarado?

— Jungkookie? 

— Hã? Ah, sim… Desculpe! Estou viajando. — Balancei a cabeça freneticamente, tentando conseguir pensar. — Não! Guarda seu dinheiro. Eu pago a pizza. A gente pode comer lá no meu apartamento, se você quiser. 

Não, seu idiota! Lá não.  

Eu discutia furiosamente com a minha mente no momento que ele deixou de me abraçar e sorriu lindamente.

— Só se tiver refrigerante e chocolates. 

Para você eu dou tudo, Jimin. 

— Combinado!

Eu sou um trouxa mesmo. 

— Então… Vamos? 

— Ah, sim, vamos. Meu carro está lá abandonado na avenida. — Sorri, sem graça. 

Ao seu lado eu me torno o maior idiota apaixonado. 

—  Por que você deixou seu carro tão longe? 

Porque eu sou um bobo apaixonado que só faz besteiras. 

— Por que assim que ouvi aqueles idiotas falarem aquilo eu larguei o carro onde deu.