Dream Destiny | Jikook

DD VIII

— Eu me sinto tão perto de você agora! 

🌸🌸🌸

Em todos os meus vinte e um anos, ninguém havia me deixado nesse estado. Park Jimin me provocava milhões de emoções e sensações que não sabia como descrevê-las. Ele me atraía de tal maneira, que apenas a sua presença me deixava eufórico. 

— Gosto tanto de ficar com você, Kookie. — Ele sussurrou, ainda com sua cabeça sobre meu ombro esquerdo, sua voz parecia pertencer aos anjos. 

— Eu também gosto, Jimin. Gosto muito. — Suspirei. Sabia que aquilo era errado, sabia que iria me arrepender por deixá-lo se aproximar tanto de mim. Era incapaz de ter um pensamento racional na sua presença. Ele tinha esse efeito.

Queria permanecer assim sempre, que cada noite estivéssemos só nós dois.  

— Err, acho que deveríamos chamar o meu irmão, sabe, ele gosta de filmes assim. — Me afastei, fitando seu olhar cristalino. 

— É… Mas ele preferiu dormir na casa dos novos amiguinhos. — Jimin suspirou, fazendo uma careta desgostosa. 

Eu sou tão tolo! Ele só está aqui porque Taehyung não ficou com ele então. 

— Ah, é? Vou puxar a orelha dele por isso.

 — Não! Deixa ele. Não acho certo ficar exigindo que fique comigo o tempo todo. Ele precisa ficar com os amigos também, não é? — Jimin forçou um sorriso. 

— Acho bacana haver liberdade na relação, mas se você fosse meu namorado te levaria junto para ficar com meus amigos. — Disse o que pensava, ele ficou me encarando. 

Sua expressão de inocência e adoração me desmontou. 

— Você é tão perfeito! — Me abraçou de lado. Isso me deixou envergonhado.

Seu perfume, sua pele tão macia. Como queria ficar abraçado a si para sempre.

— Err, vou fazer mais pipoca. A gente comeu tudo já e daqui a pouco chega o Namjoon.  — A impaciência transmitida pela minha voz foi notada por ele ao que o vi franzir a testa. Então resolvi me levantar apressadamente do sofá. 

— Andei reparando em uma coisa… — Disse ele, e fez uma pausa. 

Já dentro da cozinha, procurei por mais um pacotinho de pipoca de micro-ondas, abri a porta do eletrodoméstico e coloquei lá, acionei o tempo no visor e respirei com força, no entanto, me surpreendi quando ele também surgiu no cômodo.

— Você não gosta que eu o toque, não é? 

Hesitei por um momento, antes de olhar diretamente dentro de seus olhos azuis. 

— Eu gosto, só que…  

— Só que? 

— Não podemos ficar assim, sabe? — Ele cruzou os braços. —  Fica chato. O Tae não ia gostar de ver isso.  

— Oh! — Ele curvou rapidamente os lábios. — Me desculpe por deixá-lo desconfortável. É que… Eu sou assim quando gosto de alguém. Tocar é a minha linguagem de amor. — Explicou, totalmente sem graça. — Mas seu irmão sabe que sou assim, ele não se importa. 

Senti imediatamente um frio na barriga. 

Aquilo me dilacerou, me deixando rendido.

— Desculpa, Jimin. É que tenho receio do meu irmão ficar com ciúmes da gente. 

— Não se preocupe, não estamos fazendo nada demais para ele ficar. 

Nada demais para você, meu ser inocente. Estou me segurando tanto.