Kátharsis: O Pesadelo Celestial

Capitulo 6

Notas da Autora

Olá, minha gente. Tudo bem com vocês? Eu espero que sim. Aqui está mais um capítulo fresquinho pra vocês, espero que gostem. Boa leitura!

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Uma extensa camada de gelo começou a cobrir o corpo de Celestis em alta velocidade, moldando sua forma como se fosse uma armadura. Seu braço se levantou lentamente enquanto o gelo corria livremente por toda a extensão de sua pele, ela tentou alcançar Niko, mas, antes que pudesse, a armadura gelada a cobriu por completo. O mago de olhos amarelos sorriu largamente, observando a estátua de gelo a sua frente como se fosse uma bela obra de arte.

 Niko quase pode se gabar, mas seu sorriso desapareceu por completo assim que o gelo começou a rachar diante de seus olhos. Em questão de segundos, o brilho dourado nos cabelos e olhos de Celestis se intensificou, fazendo a armadura de gelo se desfazer como poeira. Seu braço, antes parado em meio ao movimento, agarrou o rosto de Niko com velocidade, seus dedos apertando as bochechas do mago com força.

 — Truque de criança, mago. — ela zombou.

 Em um movimento rápido, Celestis ergueu Niko ainda pelas bochechas e depois forçou seu corpo bruscamente para baixo, afundando sua cabeça no chão. O mago grunhiu pela dor,  sentindo uma linha grossa de sangue escorrer por toda a lateral de seu rosto, sua cabeça latejava e parecia estar rachando ao meio. Niko começou a murmurar rapidamente um feitiço de cura.

 Celestis soltou o rosto dele e então levantou um dos pés, pronta para pisar tão forte no mago que sentiria o corpo dele sendo partido ao meio debaixo de seu sapato. Ela não teve tempo de completar sua ação, no mesmo instante, um corpo grande se chocou contra o dela na altura do quadril, a jogando para longe de Niko. Celestis apertou a mandíbula, irritada, assim que olhou para o reptiliano monstruoso que estava em cima dela. Wyatt abriu a boca, mostrando seus dentes grandes e afiados como pregos, ele tentou morder Celestis, mas ela agarrou seu focinho com as duas mãos.

 — Que irritante. — murmurou.

 Celestis começou a puxar as duas mãos em direções opostas, forçando a boca de Wyatt a se abrir de forma dolorosa. O reptiliano entrou em uma briga com ela, usando toda sua força para fechar a boca. A Hydra estava concentrada em Wyatt, quando uma grande quantidade de água foi jogada repentinamente sobre os dois, tornando a pele do reptiliano escorregadia. Ela soltou a boca dele e espalmou a mão contra seu estômago, tirando Wyatt de cima dela. Celestis se levantou do chão, ela se preparou para andar até Wyatt, mas sentiu uma presença chegando atrás dela outra vez. A Hydra se virou, segurando o bastão prateado a poucos centímetros de sua cabeça.

 — Água mais bomba de dióxido de carbono, é igual a: chute na bunda da Hydra. — disse Andrew, retirando uma esfera de seu cinto e pressionando sua parte grudenta contra o peito de Celestis.

 Ele segurou o bastão com força, tormando impulso para pular e chutar Celestis com os dois pés, se jogando para longe dela. Assim que Andrew se afastou, a bomba no peito da Hydra explodiu, congelando cada resquício de água no corpo de Celestis instantaneamente. Andrew sorriu orgulhosamente olhando para ela, mas, assim como aconteceu com Niko, seu sorriso não durou muito.

 — Merda, isso não é bom… — murmurou.

 Andrew engoliu em seco assim que Celestis começou a brilhar por baixo do gelo que a cobria, não demorou para que sua breve armadura gelada fosse partida em pedaços. Ela olhou mortalmente para o Vigilante; seu brilho estava um pouco menos intenso do que antes. Andrew sorriu ao notar isso.

 — De novo esse truque? — perguntou Celestis, exasperada.

 Andrew viu ela se mover, vindo em sua direção em alta velocidade, ele fechou os olhos, esperando o soco que provavelmente arrancaria sua cabeça do corpo. Mas, o soco nunca veio; tudo o que Andrew sentiu foi uma forte rajada de ar pelo impacto do golpe de Celestis contra alguma coisa que, milagrosamente, não tinha sido seu precioso rosto. Ele abriu os olhos, vendo o corpo alto e musculoso tão familiar parado na frente dele, o protegendo como uma grande muralha.