Vivo Por Ella - A Madrasta

Antonieta - Capítulo 46

"Praça da Constituição"

Cidade do México 16:00 hs

Todas as tardes de domingo, Estevão passeava por uma praça que ficava localizada bem no centro da cidade do México, lá ele recordava seus momentos com Maria, chorava quando a dor vinha em seu peito. Em um dos seus bancos, Estevão se derramava em lágrimas, a dor e o sofrimento tomavam conta de si. Ele precisava daquele tempo sozinho. Voltando para casa Estevão resolveu parar em um Bar, para tomar uma tequila, relaxar e pensar ainda na vida.

"Bar Sanchez" 18:00hs

Estevão: Uma Tequila por favor
X- Sim, senhor!

Perto do mesmo bar, caminhava Antonieta. Fazia tanto tempo que ela não vinha ao México, estava com tantas saudades de seu país, as ruas estavam mudadas, estavam mais alegres, bonitas, era simplesmente fascinante. De longe avista o bar Sanchez.

Antonieta: Não dá para acreditar, esse bar ainda existe? (Fazendo a pergunta a si própria) Me lembro tanto de meu pai, quando morávamos aqui, ele sempre vinha tomar uma tequila (rindo sozinha). Vou entrar, preciso entrar.

"Bar Sanchez"

Antonieta: Olá, boa noite.

X- Boa noite, senhora, fique à vontade

Antonieta: Obrigada!

Ao entrar Antonieta vai direito para o balcão onde os garçons serviam as bebidas individualmente. Ela senta próximo a Estevão, porém não havia percebido e visto ele. Ela pede uma whisky duplo, ao mesmo tempo Estevão pede mais uma dose de Tequila, nesse momento, Antonieta vira-se e se depara com Estevão. Antonieta sempre foi ousada, sabia como jogar seu charme para ganhar um homem. Ela ficou encantada por Estevão, ele era um homem charmoso, lindo e sedutor e ainda por cima estava chorando, ela não sabia os motivos daquelas lágrimas, mas ficou impressionada, um homem chorando? Quem ele é? Onde mora? Preciso saber seu nome! Essas foram algumas das interrogações que nortearam o pensamento de Antonieta naquele momento. Ela se aproxima de Estevão e engata uma conversa.

Antonieta: Boa Noite! (Com um olhar sedutor, como se quisesse desvendar os mistérios encontrado no olhar de Estevão)

Estevão: Boa Noite (Com uma voz irresistível, que só Estevão tinha e que deixava qualquer mulher louca).

Antonieta: (pensando: Uau. Que voz! Este homem além de lindo, tem uma voz encantadora) Bom, eu sei que não nos conhecemos, mas posso saber por que um homem tão lindo está chorando?

Estevão: (sem jeito com o elogio) Desculpe, mas se não fosse loucura, eu diria que a senhorita está me dando uma cantada! (Rindo da situação)

Antonieta: Nossa, eu vejo que os homens mexicanos são bem esperto e com um senso de humor incrível! Eu não estou lhe dando uma cantada senhorito (rindo), (Será), estou apenas perguntando, afinal, todos os homens que eu conheci na minha vida, sempre repetiam a premissa de que "Homem não chora" (dando ênfase em sua voz), e vendo você chorando, estou começando a desacreditar nessa história.

Estevão: Homens cafajestes e sem amor no coração, estes sim, não choram. Ah, eu choro por problemas de amor, mas isso é uma história longa e cansativa, você não vai querer ouvi. Eu mesmo já cansei de repetir ela para mim mesmo.

Antonieta: Ah, mas eu faço questão de ser sua companhia "masculina" essa noite, um "amigo de copo", que tal? (Sorrindo). Me candidato oficialmente para ser sua voluntária, me ofereço para ouvir sua história.

Estevão: Olha lá em? Você não vai se cansar?

Antonieta: Não, juro! (faz um gesto com os dedos)