Até Tudo Terminar

Capítulo 4

Eu andava pelo o hospital cumprimentando todos à minha volta.Mas agora eu sabia onde estava indo.Quarto 634 e o quarto 636.

Any Gabrielly e Heyoon Jeong.Minhas amigas desde a infância.

Conheci Heyoon pois seus pais também trabalham aqui,seu pai é cirurgião de trauma e sua mãe cirurgiã geral.
Heyoon sofre de leucemia.Porém foi descoberta cedo.Desde então ela e eu ficamos meses no hospital.

Any tem fibrose cistica.Uma doença pulmonar rara que deixa difícil fazer você respirar.Eu e Heyoon conhecemos Any com 7 anos.Seu pai foi transferido para esse hospital se tornando chefe do hospital e sua mãe,sua mãe é cirurgiã pediatra.Tia Priscila já me operou e garanto.Ela é ótima.

Elas duas também foram selecionadas para o estudo oque me deixou mais animada.
Vou andando os corredores do hospital até que chegou no quarto 635,que era o meu.Abro a porta pego uma caixa de "doces autorizados pelos médicos"e vou até a porta denovo.Antes de ir dou uma última olhada para trás e vejo aquele quarto com vista para a cidade,a cidade que nunca andei.Aquele quarto era meu à 17 anos.Então deixaram eu decorar ele do meu jeito.Afinal o hospital é a minha casa.

As paredes estavam cheias de desenhos meus.Fotos minhas com Heyoon e Any e algumas com meus pais.Vou até o quadro de foto e passo a mão nele vendo uma foto que me traz boas lembranças.

O dia mais corrido do ano na emergência.Heyoon Any e eu estávamos no hospital,era noite de Natal e chegou um dos melhores casos.Todos os nossos pais

entraram na mesma sala de cirurgia para operar 2 pacientes pois não tinha sala livre.
Então Any teve a idéia de irmos para a galeria de cirurgia para ver.

Passamos de fininho e vimos tudo!A cirurgia foi um sucesso e eu tirei uma foto no dia.Voltamos para o quarto antes de nosso país chegarem para nos dar o presente de Natal.

Sorrio só de lembrar.Depois olho para outra parede escrito "Vencedores"Era fotos minhas com todos os pacientes da ala pediatra que venceram as doenças.Seha câncer,transplante enfim.Aquela parede me dava orgulho,era um dos motivos de me manter em pé.
- Um dia eu!-Falo baixo com um sorriso.