Capítulo 9: um refúgio

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"'Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade.' uma das melhores frases que o detetive Hermes disse no capítulo que ele aconselhou a Emily a superar e seguir em frente depois da morte do seu amado rei. Hoje terminei o capítulo 20 então não me dê spoiler viu. beijos: sua amiga bookstan preferida (precisamos de um codinome, ideias?)."
Saí da biblioteca e passo pelas escadas para ir para minha aula com Celine, porém, não contava com a imagem mais inesperada de hoje, uma menina de cabelos loiros e lisos beijando e abraçando seu novo príncipe encantado, era Martín. Logo após o contato visual feito por mim, olho para baixo e continuo andando cada vez mais rápido até parecer um furacão entrando na sala de dança, não sei se ele me seguiu ou ao menos me viu, e acho que prefiro não saber.
Como eu fui tão ingênua? To com muita raiva de mim por não saber que acabaria sendo desse jeito. Celine chegou vendo minha imagem sentada com a mão no rosto e com uma expressão enfurecida, acho que ela não percebeu ou pelo menos não demonstra seus pensamentos de modo perfeito.
-Oi, podemos começar com uma música agitada para extravasar um pouco?
-Só se for agora- Com certeza ela percebeu algo de errado e foi sugerir a melhor coisa para o momento.
Ela colocou a música e começou a se mexer aleatoriamente e fiz também. A única coisa que consigo descrever em palavras é a sensação de que toda a energia de raiva e tristeza estava indo embora no mesmo ritmo e sintonia do movimento de meu corpo. Quando esgotei minhas forças, desabei no chão de joelhos e Celine percebeu e pausou a música eufórica o mais rápido possível.
-Ei, tudo bem? foi demais para você?- Seu tom é de um modo acolhedor e preocupado ao mesmo tempo.
-Tudo bem. Obrigada pela ajuda viu. Hoje eu vi o garoto que eu tava meio que ficando beijando outra menina.
-Ai Akee sinto muito mesmo. Se quiser, nós podemos adiar o ensaio de hoje e passear no pátio, o que acha?
-Seria perfeito.
Vamos para o pátio principal conversando sobre tudo, eu não sabia que poderia me sentir tão confortável com uma pessoa. Ela vai para a parte traseira do meu corpo e cobre meus olhos com as mãos, embora seja um pouco difícil para ela por causa da diferença de altura.
-O que tá fazendo Celine?- digo rindo mas nervosa com a suposta surpresa.
Ela permanece quieta alguns segundos e depois tira suas mãos do meu rosto e me deparo com sua moto estacionada a alguns centímetros de mim. Ela coloca o capacete e senta na Harley.
-Vamos, ou você não quer mais andar na moto que você ta paquerando faz meses?- Suas palavras são como um refúgio para meu dia.
Começamos a voar e, embora eu já esteja acostumada com o vento em mim durante o voo, isso foi totalmente diferente. Uma sensação única que sozinha, eu não conseguiria proporcionar. Passamos por toda a cidade e voltamos para a realidade da escola. Descemos da moto e eu permanecia com a mesma expressão de "criança vendo uma loja de brinquedos", percebi isso pelo motivo da Celine estar com o mesmo rosto de dez minutos atrás que foi quando ela me mostrou a moto.
    -Eai, gostou? Eu notei que você ficou com medo no início por causa da sua mão apertando mais a minha cintura- o jeito que ela perguntou foi como se ela pudesse saber todos os meus pensamentos.
    -Fiquei com medo mesmo viu e desculpa, mas eu amei muito- contei rindo e surpresa por ela ter notado aquela mudança mínima da tensão.

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⏰ Última atualização: Jun 30, 2022 ⏰

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