Episódio-17

678 58 5
                                    

Pov Josh.

Depois daquele dia que contei sobre meu passado para Any eu fiquei mais isolado na minha, mas acho que não tô agindo certo em fazer isso com ela, mas algo na Any me deixa meio estranho, ela foi a única pessoa que conseguiu me ajudar em uma crise que tive, mas ai que tá, como e porque?

Isso que não consigo entender, o rosto dela e familiar pra mim, só que desde do dia que ela passou por aquela porta, eu sinto que já vi ela em algum lugar só não sei onde nem quando, isso que me deixa intrigado, eu queria muito saber.

Depois do que aconteceu no passado minha memória bloqueou algumas lembranças, rostos, momentos, então eu não consigo facilmente identificar coisas assim, e deve ser por isso que tento me lembrar de Any e não consigo de jeito nenhum, talvez eu nem tenha visto ela mesmo, seja só uma impressão minha.

Eu não contei tudo sobre meu passado pra ela e acho que ela percebeu, porque durante esses três meses de consulta que tive com ela, ela tenta fazer com que eu fale sobre o passado com ela de novo, mas não quero dizer o resto, não agora, prefiro guardar pra mim mesmo.

Ontem ela não veio pra consulta de sempre, sempre penso que ela desistiu de mim, por mais que as pessoas achem besteira, eu sempre estive perdendo as pessoas, porque justamente agora seria diferente?

Escuto um barulho do alarme de choque que tem em todas as celas desligarem, agora é o horário de consultas a cada pessoa que tem aqui, será que ela vai vir hoje?

Tomara que sim, gosto de ouvir ela falar um monte por mais que dentre todas as frases bem elaboradas que ela me faça eu só responda uma ou duas, tadinha, não sei como ela me aguenta.

A porta da cela se abre e eu vejo Any passando por ela, desde daquele dia que ela enfrentou o policial da porta, o que eu achei lindo e corajoso da parte dela, nunca mais colocaram a camisa de força em mim nas consultas dela.

Any- Oi, bom dia. (falou com aquele humor de felicidade de sempre dela)

Eu- Oi. (respondi)

Any- Como foi a noite? (perguntou)

Eu- Foi como todas as outras. (respondi simples)

Any- Josh, porque está assim comigo? Me respondendo curto, com grosseria, não estou entendendo, se te fiz alguma coisa me diz o que foi. (falou me olhando e se aproximando)

Eu- Eu não sei também, geralmente quando conto sobre meu passado pra alguém elas se afastam, pensei que com você seria da mesma forma. (falei sincero)

Ela se aproximou de mim e virou meu rosto em direção ao dela.

Any- Eu não irei me afastar de você, nunca. (falou) Não pense que as pessoas sempre irão embora, porque nem sempre vai ser assim, e se aparecer alguém que esteja disposta a te aceitar do seu jeito? Você fugiria disso? Só pelo simples fato de ser você? (perguntou)

Nunca tinha pensado nisso.

Eu- Nunca me apaixonei sabia? (falei olhando ela)

Any- Sério? Jurei que você era o popular da escola, que tinha várias na cama. (disse me olhando surpresa)

Eu- Eu nunca fui assim, tinha coisas mais importantes, e outra, sempre soube respeitar uma mulher doutora. (falei e vi que ela ficou meio surpresa com minha revelação) Doutora, que tipo de homens você se relacionava hein? Parece que você acha que todos os homens só servem pra decepcionar as mulheres. (falei indignado com ela)

Any- Não quis dizer isso, só é estranho encontrar alguém assim como você. (falou)

Eu- Se é assim. (falei indiferente)

Fiquei olhando profundamente em seus olhos, e acabei intercalando o olhar entre os seus olhos e sua boca, ela tinha passado gloss em sua boca, porque seus lábios estavam brilhanfo, lábios tecnicamente beijáveis, sei que isso e loucura mas me deu uma vontade de beijá-la, é como se eu quisesse sentir o gosto do gloss que ela usava, por que mais seria?

Decidi não ficar só pensando, apenas beijei ela, e que beijo bom, seu gloss tinha gosto de morango, era muito gostoso por sinal, pensei que ela iria me empurrar ou falar que eu estava ficando louco, apesar que eu realmente estou ficando louco, mas essa parte oculta, voltando ao beijo, ela beijava muito bem, tinha lábios macios e de repente o toque dela começou ficar quente, achei melhor parar.

Eu- Me desculpe doutora, não devia ter feito isso. (falei levantando e passando a mão em meu cabelo)

Any- Eu tive culpa também, eu continuei. (disse normal)

Continuamos a consulta com um clima ruim, até porque, que paciente beija sua própria psicóloga? Só eu mesmo, ela foi embora e me deu um beijo na bochecha, se continuar assim vai ficar difícil.

Um pouco mais tarde tomei um banho, e deitei na cama pensando em como minha vida mudou desde que ela começou a ser minha psicóloga, deixo esses pensamentos de lado e durmo.

AnaBeatrizSantos500

Meu Paciente ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora