Capítulo 2

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Está no tanque de água, rindo do golfinho que te cutuca na altura de sua bochecha querendo brincar. Usa um macacão de natação preto e azul, seu cabelo está molhado, e em comparação aos treze anos, agora com dezesseis, estão [maiores/menores].

Sua mãe é bióloga marinha, e seu pai veterinário marinho. Juntos, eles ajudam e cuidam de animais marinhos, os ajudando a voltar para a natureza.

- Tudo bem Winter, você parece que está ficando melhor - disse rindo. - Prometo voltar amanhã para brincarmos - alisou o topo do golfinho.

Saiu da água, indo ao banheiro. Se trocou e foi até a recepção.

- Tchau Bethany - acenou carregando sua bolsa esportiva - pode dizer aos meus pais que eu os encontro no jantar? - pegou seu patinete.

- Certo - respondeu a mulher de cabelo cacheado atrás do balcão - mas sua mãe mandou te perguntar se você fez sua tarefa.

- É claro que fiz - piscou brincando. Obviamente fez o dever de casa, se não sua mãe te quebraria no meio. Mesmo faltando pouco menos de uma semana para você terminar seus estudos, ainda tem tarefas.

- Vai lá garota, ganha esse mundo.

- Eu vou - riu saindo.

A praia mais um vez. É incrível que tenham uma praia mas pouca gente gosta de ir. Talvez apenas pescadores, é o que mais vê, mais do que banhistas.

Entrou na água e foi nadando fundo, sentindo a cauda aparecer. Com o tempo realmente passou a ser mais fácil, para a sua sorte.

Suspirou chegando no tempo certo em Atlântida, pronta para ver a apresentação.

As meninas estão apresentando muito bem, cantando e dizendo seus nomes, Ariel deve estar dentro da concha. Foi isso que você e boa parte dos seres ali pensou.

Mas, não estava.

E minha nossa, Rei Tritão ficou furioso.

Só se perguntou onde ele está.

E para o seu azar, foi convocada no castelo. Sinceramente, foi a primeira vez que entrou ali, e não para uma coisa boa.

- Sebastião me disse que você vive com Ariel. Onde ele está? - uou, por que a voz dele é tão grave? Te causa arrepios.

- E-eu juro senhor, não faço a menor ideia de onde ele está, tanto é, que pensei que estaria no show, por isso estava lá - juntou as mãos na frente do corpo.

- Ela pode estar mentindo, Majestade - você olhou furiosa para o caranguejo, mas logo parou de fazer tal ato ao olhar para o rei.

- Ela não está mentindo - Ariel nadou até você, colocando uma mão em seu ombro. - Sinto muito papai, eu me esqueci.

- Ariel, eu já não sei mais o que faço com você.

Logo Linguado chegou, tentando o livrar da bronca. Você é apenas uma estátua imóvel, vendo a situação.

- ...Aí teve a gaivota... - o peixe continuou falando.

- Gaivota? - o rei perguntou. - Vocês foram até a superfície de novo, não foram?

- Papai, não tem nada demais.

- Minha nossa - levou a mão até a testa - quantas vezes preciso te alertar? - nadou até o garoto e você foi para trás. - Você poderia ser visto por um daqueles bárbaros, por um daqueles humanos!

- Papai, eles não são bárbaros, eles...

- São perigosos! Acha que eu quero ver meu filho sendo pego por um daqueles anzóis de peixe?

Entre caudas e pernas [Ariel M. × leitora]Onde histórias criam vida. Descubra agora