Tyler narrando
Acordei sentindo uma água gelada entrando em contato com o meu corpo.
— A bela adormecida finalmente acordou- Falou o bandido que ameaçou mexer com a Lena no carro - Dormiu bem?- Debochou ele.
— O que vocês querem?- Perguntei já cheio desses caras.
— Grana, dinheiro, reais, dólares, euros... tudo o que você tiver- Disse se sentando na minha frente.
— É só falar a quantia. Não precisava de tudo isso- Falei cansado daquela situação. Me lembrei da Lena - Cadê ela? Onde está a Lena?- Perguntei nervoso.
— Calma ai- Disse o outro bandido rindo- O nosso parceiro está com ela - Disse em um tom malicioso.
Aquele maldito. Seu tom malicioso me fez ferver da raiva ao cogitar a ideia que um cara estava mexendo com ela.
— Está louco? Pra que envolver ela nisso Se o assunto é comigo? por que precisam dela?- Perguntei com raiva.
Os dois me olharam e riram, debochando da minha preocupação me fazendo ficar mais nervoso.
— Ela deve ser muito importante pra você né?- Perguntou um deles me olhando - Ela deve ser boa na cama para deixar o chefe tão nervosinho- Falou brincando me fazendo trincar o maxilar.
— Vamos ser sinceros, aqui só tem homens- Falou o outro entrando na "conversa" - Ela faz bem? Como é mesmo o nome dela?- Diz fingindo não lembrar - Lena..
— Deixe ela fora disso- Falei quase gritando
— Olha aqui Play boy, quem manda aqui somos nós, então eu acho melhor você ficar mansinho- Ameaçou um dos bandidos.
Depois os dois saíram, me deixando louco de raiva. Se queriam dinheiro era só me deixar fazer o pagamento e nos liberar, mas não, eles querem fazer joguinho.
Mais que merda! Eu quero saber como a Lena tá. Se ela já comeu, se está machucada. Tudo!!
Fico com essas perguntas até a hora em que um dos bandidos entra.
Ele era o que estava sentado ao lado da Lena no carro.
O bandido entrou e ficou encostado na parede, me olhando. Apenas ignorei sua presença, mas a curiosidade sobre o estado de Lena e preocupação falou mais alto.
— Como ela está?- Perguntei o encarando.
— Bem, ela já comeu e está dormindo- Falou simples.
Mas sua fala me trouxe uma certa calmaria.
— Quando vão nos soltar?- Perguntei
— Quando o dinheiro cair na conta- Respondeu suspirando pesadamente.
Ela falou como se não se importasse com o dinheiro, como se não quisesse fazer parte daquilo.
— Por que não soltam ela? Vocês querem a mim, o meu dinheiro. Deixem ela ir. Ela precisa cuidar da filha dela- Supliquei.
No momento em que falei que Lena tinha uma filha, vi seus olhos brilharem, mesmo com a pouca iluminação.
— Ela é mãe?- Pude perceber que ele ficou surpreso e sua pergunta não tinha maldade.
— Sim, a menina ainda é pequena, mal fala - Falei. Vi que o bandido se interessou, mas ainda sem maldade.
— Você é o pai?- Perguntou curioso.
— Não, sou apenas o chefe dela- Digo, mas com um desejo de falar que era algo a mais. Era isso que eu queria, ser mais que o chefe da Lena.
Ele riu do que eu disse. Sinceramente não vi graça na minha fala.
— E quando vai contar o que sente?- Disse ele me deixando surpreso- Você fala dela de um jeito diferente, e se preocupa demais com uma mera funcionária. Não foi difícil notar a sua intenção - Falou contando como "descobriu" meus sentimentos.
— Não sei- Respondi a sua pergunta- Não tenho certeza se é recíproco- Disse suspirando.
— A primeira coisa que ela fez foi te procurar e perguntar se você estava bem- Falou ele me deixando surpreso e contente- Uma mulher que não sentisse interesse por você, na situação em que ela está, a primeira coisa que faria era perguntar quando iria sair- Disse dando de ombros.
Realmente era um ponto. Ele estava certo. O bandido estava sendo um cupido? Um conselheiro?
— Por que faz parte disso?- Perguntei a ele.
— Acho que estou falando demais- Disse mais para ele do que para mim.
— O que á de errado em responder? Não estou perguntando seu nome ou algo que comprometa esse sequestro- Digo o convencendo a falar.
— Precisão...minha família foi ameaçada- disse me olhando no olhos. Eu podia ver tristeza em seu olhar. Remorso.
— Acha que a solução é ceder?- Perguntei
— Melhor do que ver minha filha com um tiro na testa- Falou com raiva.
Sua raiva não foi pelo que eu perguntei, mas pelo fato da ameaça que sofreu envolver a morte da sua filha.
Ali vi uma forma de escapar. Ele foi coagido a participar do sequestro, e dava para ver que ele estava infeliz pela escolha que fez. Ele não era ruim, era apenas um pai que ama a filha.
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Conquistada por um CEO
RomanceLena é uma jovem de 22 anos ,mãe solteira e desempregada. Ela se vê em mais um momento difícil, mas a proposta de um emprego em umas das melhores empresas de Nova York pode mudar sua vida completamente. Será que o universo vai finalmente ir a favor...