Capítulo 3

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Mesmo não conseguindo escrever essa história com frequência, estou animada com o rumo dos acontecimentos e estou empolgada para mostrar a vocês esse pequeno universo que criei. 

Espero que tenham uma ótima leitura <3


      Me senti cansada quando cheguei em casa, estávamos no meio da madrugada, mas encontrei minha irmã lendo alguns documentos na sala. Estava sentada no sofá, debruçada sobre o pequeno centro de madeira onde tinha vários livros e folhas espalhados.

— Achei que estivesse dormindo — comentei fechando a porta atrás de mim.

— Não estou nos muros, mas ainda tenho muito trabalho — disse sem olhar na minha direção.

— Aqui — falei me aproximando, revelando o dinheiro que ganhei com a luta. Elzabe por fim me encarou, mas não pegou o saco de moedas.

— Fique, compre algo para você — mandou voltando para os documentos.

— Podemos usar para comprar mais comida — sugeri incomoda por pensar em andar pela vila em busca de algo para mim, eu odiava compra minhas roupas, normalmente eu dava o dinheiro para Noa e ela escolhia as melhores, ela gostava disso e eu achava uma perca de tempo.

— Não precisamos, ainda tenho muito dinheiro guardado — comentou dando de ombros. — Fique com o dinheiro, é seu — declarou me forçando a guardá-lo de volta no bolso.

— Tudo bem — Suspirei seguindo para a cozinha em busca de algo para comer, de costas senti o olhar da Elzabe queimando minha pele.

— Você foi bem hoje — ela revelou me fazer paralisar por um segundo.

— Obrigada — falei sentindo o coração disparar e um pequeno sorriso se formar em meus lábios.

— Mas não precisava quebrar o pescoço dele — apontou sem acusação na voz. Com a tigela de morangos me virei, encontrando-o analisando os documentos com atenção.

— É um lance que temos — revelei me sentando a mesa, mas Elzabe não comentou mais nada, apenas se afundou no trabalho. Depois de comer os morangos estava pronta para tomar um banho e cair na cama, mas parei no meio da sala quando alguém bateu na porta.

Elzabe rapidamente levantou a cabeça, encarando a porta com seriedade. Quem bateria na nossa porta a essa hora? Elzabe levantou a mão, me forçando a ficar onde estava. Com cautela observei ela levantar e seguir para a porta, ela a abriu com cuidado e notei seu corpo ficar tenso.

— Aconteceu alguma coisa? — Elzabe questionou se afastando da porta para uma figura grande e pálida entrar na cabana.

Meu sangue gelou ao notar do que se tratava,

— Elzabe, já faz um tempo — ele disse sorriu, revelando suas presas afiadas.

Vampiro.

— Alek, algo ruim aconteceu? O que o trás a vila e a minha casa? — Elzabe insistiu ainda surpresa, mas não com medo. Elzabe não sentia medo, não depois de trabalhar anos ao lado desses monstros.

Meu coração batia tão forte que chegava a ser incomodo, a criatura era grande, forçando minha irmã a levantar a cabeça para olhá-la nos olhos.

— Não se preocupe, não estou aqui pelo seu trabalho — declarou, sua voz era suave, mas o tom não combinava com seu olhar perigoso e obscuro. — Eu trouxe uma mensagem para sua irmã — Seus olhos negros encontraram os meus fazendo um calafrio percorrer minha espinha.

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