O Assassinato final (especial)

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Esperei até às oito na frente daquele restaurante, oito em ponto ele entrou, saiu oito e quarenta entrando em um camaro vermelho nada discreto

Ele não dirigia feito louco como eu imaginei, provavelmente não queria ser pego em um bafômetro ou coisa do tipo, mas como esperado perdi ele de vista

Andei pelas ruas ali perto, a duas quadras como as meninas falaram, achei o Camaro parado em frente a uma casa de muro de pedras

Agora era pensar como eu entraria... Nada muito difícil pra quem era bem informado. O cara tinha fama de ser fraco pra bebida e além dele morava na casa só sua funcionária

Toquei o interfone inocentemente

Funcionária:Oi, quem é?

Akyra: É da farmácia, pediram remédios pra ressaca nesse endereço

Funcionária:Já estou indo

Esperei a mulher descer, ela abriu lentamente a porta

Funcionária:Aqui está o...

Puxei ela pela nuca como se a desse um abraço e coloquei a arma engatilhada em sua barriga

Akyra:Eu não quero dinheiro... Quero menos ainda te matar, então nós vamos em silêncio até a cozinha e você vai ficar quietinha até eu terminar o que vim fazer aqui. Se me entendeu pisca duas vezes...

A mulher piscou duas vezes e eu andei com ela até a cozinha, ao contrário dela eu não tremia nem nada do tipo

Akyra:Cadê ele? Seu patrão

Funcionária:E-ele foi tomar banho... D-depois ele vai dormir

Akyra:Ele está muito bêbado?

Funcionária:E-ele só fica lesado

Akyra:Você vai trocar de roupa comigo então...

Troquei de roupas com ela e a amarrei amordaçada em uma cadeira

Akyra: Desculpa por isso, mas se der errado não é só minha vida que está em risco...

Esperei um pouquinho, preparei um pouco de café e escondi as pontas vermelhas do meu cabelo

Ouvi uma porta se fechar no andar de cima, esperei alguns segundos e subi

Ouvi os barulhos em uma porta, disfracei bem a arma na minha cintura e bati lentamente na porta

XXXX:Pode entrar

Abri a porta com calma, ele estava virado de costas sem camisa, aparentava pelo físico não passar dos cinquenta

Olhei em volta imóvel, procurando uma câmera ou algo do tipo, não achei absolutamente nada

XXXX:Por que está tão quietinha? Não me diga que está tímida... Até parece que não me viu sem camisa antes

Um romance entre os dois? Claro que não, a funcionária não hesitou em momento algum em me falar sobre ele, talvez ela queira ele morto também

Akyra:Me desculpe, só estava pensando em algo

XXXX:Pode me dizer?

Akyra:Sobre o caso das Luas prateadas

XXXX:Ah... Finalmente dei um jeito de prender aqueles ratos

Me aproximei por trás

Akyra:Tem certeza? Você é o único aqui que parece um ratinho encurralado... - sussurro

Encostei a ponta da arma nas costas dele

Akyra:Levanta as mãos...

Ele me obedeceu

XXXX:Akyra... Não é? Você é só uma adolescente e mesmo assim conseguiu chegar tão longe, eu admiro você... Mas sei que não é uma assassi...

*BANG*

XXXX: AAAAAAAHHHHH

Dei um tiro na mão dele e um chute nas pernas que o fez cair de joelhos

Seus gritos me irritavam profundamente

Akyra:CALA A BOCA!

Dei um soco na cara dele o homem caiu no chão ainda gritando então eu dei um tiro no seu pé

XXXX: AAAAAAAHHHHH!!!

Engatilhei a arma mais uma vez e segurei seu cabelo forçando sua cabeça para trás e encostando a ponta da arma embaixo do seu queixo, só então ele finalmente parou de gritar

Akyra:Você perguntou se meu nome era Akyra, normalmente sim... Mas hoje você pode me chamar de demônio particular - sorri

Mais uma vez meus olhos brilharam de forma macabra e o homem arregalou se arrepiou assutado

Akyra:Eu vim em nome das Luas Prateadas, cobrar os pecados que você cometeu contra elas... Porque qualquer um que mexe com as minhas meninas... Mexe comigo

Andei em volta dele que estava completamente mudo

Akyra:O tiro na perna da Vanessa!

Chutei a barriga dele e o mesmo cospiu sangue

Akyra:A Rizza sendo esfaqueada!

Chutei sua coluna fazendo ele cair deitado no chão

XXXX:P-por f-favor....

Akyra:A Costela da Luna!

Chutei sua costela e tenho certeza de que quebrei alguma

XXXX:EU TE DOU O QUE VOCÊ QUISER!

Seu segurei o braço dele para trás e apoiei meu pé em suas costas

Akyra:E o braço da Júlia... Mas essa você nem deve saber quem é, ela só tem onze anos mesmo...

Forcei seu braço de uma vez quebrando ele

O homem gritou e começou a chorar como uma criança, então eu me sentei em sua cama com as pernas cruzadas esperando que ele de acalmasse pra escutar minha última reclamação

Levantei o queixo dele lentamente o fazendo olhar em meus olhos e senti o medo percorrer seu corpo

Akyra:Eu estou aqui porque me perdi mais uma vez na escuridão... Porque você me tirou a única pessoa que me fez não temer mais ela e agora mais uma vez eu tenho medo de mim, porque meu anjo não está mais na terra pra me iluminar... Você matou a Erika

Dei um chute com toda minha força na cabeça dele que o fez voar longe

Andei até ele me abaixando para falar perto de seu ouvido

Akyra:Depois do que eu fiz aqui tenho certeza de que vou pro inferno... E quando eu te encontrar lá vou fazer você reviver esse momento até eu me cansar de ver o desespero no seu rosto - sussurro

*BANG*

Lua De Sangue (Irmã Do Baji) Onde histórias criam vida. Descubra agora