𝐔𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐬𝐡𝐞𝐝 𝐬𝐭𝐨𝐫𝐲 - 𝐃𝐮𝐬𝐤𝐰𝐨𝐨𝐝.

➳ Welcome to Duskwood.

➤"06. Bem vinda a Duskwood."

Três horas atrás.

Elizabeth Arantes

Bem, depois de duas horas e meia – porque eu estava com pressa – avistei a placa de Duskwood. Eu nem acredito que estou aqui.

Se as circunstâncias fossem melhores, eu estaria radiante. Poderia encontrar Jessy, beber com o Dan, conversar com os demais, e talvez com sorte encontrar Jake.

Mas não, estou indo a um lugar que um estranho-assassino-psicopata me pediu, na verdade, ameaçou. Aliás, se ele tivesse pedido eu não estaria aqui, perto da Mina ironsplinter.

Parei o carro na estrada onde tinha uma pequena estrada que levava a uma trilha.

Alan disse que tem mais uns 80 metros pela frente até a Mina. Lá vamos nós.

Odeio andar. Odeio andar. Odeio.

Abri a porta do carro com as mãos trêmulas, peguei meu celular. Sai do carro o trancando.

Respirei fundo para não surtar, é o que estou tentando não fazer a mais de uma hora. Ignorei o mal pressentimento e apenas segui a trilha, sempre conferindo no celular se eu estava no caminho certo. O sol estava se pondo, e confesso que era lindo fazer trilha com o céu desse jeito.

Não faço ideia se usar meu celular é a melhor ideia agora, já que ele parece estar hackeado, mas não tenho outra opção.

Tenho certeza que Jake vai dar um jeito nisso.

Ignorei os pensamentos e depois de tanto andar, comecei a ouvir um barulho familiar: cachoeira. Significa que eu estava perto da Mina, imagino.

Parei antes de sair da trilha e ir em direção a morte. Eu só tenho 24 anos, o que diabos eu estou fazendo aqui?

Arregalei os olhos e observei o por do sol. Aqui a mata é mais aberta, portanto consegui apreciar melhor. E essa vista era maravilhosa.

Bem, se eu morrer pelo menos terei contemplado algo maravilhoso antes.

Um barulho de galho quebrando se fez presente e eu olhei em volta assustada, sai da trilha indo em um lugar mais aberto onde eu conseguia ter uma melhor visualização em minha volta. Até que percebi: na entrada da mina, pouco longe da onde eu estava, uma pessoa com moletom preto e capuz olhava para dentro.

Era ele, o homem sem rosto. Pelo menos o novo.

Se ele for o Richy, e tudo isso foi parte do plano dele eu juro que mato esse garoto e não quero nem saber. Guardei meu celular em um dos bolsos e peguei um canivete.

Fui até ele cautelosamente.

— eu estou aqui, onde você pediu — engoli em seco. Ele não respondeu, não fez nenhum movimento.

Cheguei mais perto e percebi que ele continuava parado.

Sem ter outra ideia peguei no seu ombro e o virei para mim, dando passos para trás quando ele realmente virou.

Era um manequim.

Tinha um papel escrito "siga a trilha de luzes" colado no meio do peito do manequim.