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Cortava madeira e trazia para um local vasto aonde já se podia notar uma construção se formando. Era um tanto cansativo, mas trabalhar duro é sempre melhor. Recolhia mais madeira e juntava em um canto, planejando como seria sua casa. Por perto dali podia se notar uma cama com uma tenda improvisada por cima.

Parou por um momento, assim caminhando e indo até a sua horta de batatas, sorrindo. Começou a regar as mesmas, até que sentiu alguém o observando. Continuou regando como se não tivesse notado, mas já estava preparando para conjurar uma arma. Rapidamente um arco e flecha apareceu, assim atirando a flecha atrás dele, atingindo uma árvore. O homem continuou olhando fixamente, até que então uma figura apareceu atrás do pinheiro.

Era uma criança, possuía curtos cabelos ruivos, olhos verdes intensos, sardas por suas bochechas e nariz. Ela vestia de uma roupa própria para frio, olhando admirada alternando entre a flecha cravada na árvore e o mais velho de cabelos rosados.

- Que incrível!

Dizia animada, fazendo Techno ficar confuso com aquilo enquanto olhava a garotinha.

- O que está fazendo aqui? Quem te mandou?

A pequena fez um pequeno bico com seus lábios, emburrada, dizendo em seguida.

- Ninguém manda em mim, eu vim sozinha.

Mas então, foi substituído para um sorriso animado.

- Eu sou Lily e moro numa vila aqui perto! E quero que você me ensine a lutar!

Dizia, com um brilho determinado. Techno, sábio como era, disse.

- Não.

A ruiva, no entanto, mesmo assim disse.

- Ei, ei! Você vai me ensinar sim!

- Eu não sei quem você é, pirralha. Volta para sua casa, vai.

- Ei! Eu me chamo Lily! Li-ly! Seu velhote!

A menor dizia, emburrada com aquilo enquanto se aproximava do homem, esse que voltava a fazer suas tarefas e voltava a construir. Ele olhava a sua mesa de trabalho, assim em seguida indo para as madeiras que tinha coletado. Em seguida, um pequeno par de olhos verdes olhava o projeto, estando na ponta dos pés para tentar enxergar. Assim, pegou uma das toras de madeira que o maior havia coletado para fazer fogueira. Lily subiu, olhando o projeto da cabana.

- Ohhh! Que legal.

Falava encantada, desceu daquela tora de madeira, suas mãozinhas balançando ao lado de seu corpo enquanto ia até onde Techno estava. Ele martelava algumas tábuas de madeira, concentrado, a garotinha então ao lado dele, falou confusa enquanto olhava aquelas madeiras juntas.

- O que está fazendo?

- Uma parede.

Respondeu curto e grosso, mesmo sua intenção não ser mal educado. A mesma falou em seguida.

- Qual o seu nome?

- Technoblade.

- Por quê tem essa máscara de porco?

- Porque eu quero.

- Por quê está aqui sozinho nessa neve?

- Não tô sozinho.

A pequena, curiosa, perguntou.

- Quem mais tá aqui?!

Dizia, como se fosse uma pergunta impressionante, ele então apontou para o cavalo dele, e a garota então entendeu o por que.

Ficaram alguns segundos em silêncio, só se podendo ouvir o som das marteladas. Lily então quebrou o silêncio.

- Entãaaao, vai me ensinar?

Continuando seu trabalho, o mais velho disse.

- Por quê você, um projeto de mini humano que até um anão ficaria com inveja, quer aprender a lutar?

- Oras! Por que eu preciso defender minha vila!

Technoblade a olhou, pensando realmente se ela estaria falando tal coisa sem ser uma brincadeira. Disse então.

- Devia parar de ficar mentindo.

- Eh?!?! Eu não tô mentindo!

Ela inflou as bochechas enquanto batia o pé, birrenta. O de cabelos rosados apenas a ignorou enquanto fazia o que tinha que fazer, se a ignorasse, ela iria voltar para a casa dela, foi o que pensou. Vendo que o homem não a ajudaria, a ruiva colocou uma mão no queixo, pensando no que poderia fazer para convencer Techno de a ensinar.

Assim, ficou andando envolta da casa, procurando algo que pudesse ser importante para o mesmo. Avistou então a horta, o que deixou a pequena curiosa já que na horta só tinha batatas. Levou suas mãozinhas até uma das raízes e a puxou, tirando de lá uma batata, o que fez os olhos da mesma brilharem de curiosidade.

No entanto, sentiu uma presença maligna atrás de si, dizendo ameaçador.

- Largue essa batata.

Lily se tremeu de medo com aquilo enquanto virava para trás, assustada notava Techno segurando sua espada, uma aura assassina a sua volta, segurava a batata em suas mãos.

A menor iria pedir desculpas e correr já que estava com muito medo, mas então, um sorriso perverso apareceu em seu rosto infantil, então dizendo.

- Só largo se você me ensinar a lutar!

- Nem ferrando, dá essa batata.

Ele tentou pegar, mas ela desviou a mão com a raíz dele, o olhando determinada.

- Eu vou comer essa batata se não me ensinar.

O maior a olhava, no mesmo nível de determinação.

- Você está blefando.

E. como num passe de mágica, a garotinha deu uma dentada na batata crua que provavelmente acabou com um dente de leite dela, mesmo sentindo dor e sentindo o gosto horrível de terra. Technoblade a olhava, surpreso que ela realmente fez isso, mas ficando irado por que sua preciosa batata estava arruinada.

- Você vai ver só, pirralha!!

Ele levantou a espada, o que fez a garotinha partir em disparada correndo em volta da casa segurando a batata mordida em suas mãos com um homem de máscara de porco a perseguindo.

- Eu vou pegar todas as suas batatas e fazer purê!

- Só por cima do meu cadáver, seu projeto de anão!

E continuou essa perseguição por um longo, longo tempo. Até a criança se esgotar e o " Rei porco" ficar triste por sua batata.

Ventos sopram sussurros. - Um conto Dream SMP.Onde histórias criam vida. Descubra agora