Capítulo 5 - Sala De Jogos

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Sakura era o tipo de mulher perigosa

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Sakura era o tipo de mulher perigosa. Tentadora para qualquer um dos homens. Daquelas que não deixavam o batom vermelho borrar nem mesmo ao beber incontáveis taças de vinho, ou... daquelas que poderiam passar a noite inteira se debruçando em lágrimas e permanecer inabalável ao nascer do sol. Mas naquele momento, ela não era nenhuma dessas definições. Era apenas, Sakura.

A vermelhidão em seu rosto já não era perceptível depois de lavar a própria face por pelo menos cinco vezes. Ser repudiada por seu pai era costumeiro, mas as agressões não, aquela não era a primeira ou a segunda vez, mas quando Kizashi a batia era porque ela realmente havia merecido e passado dos limites. Houve um certo tempo em que ela pensava apenas dessa forma, que merecia as agressões por ser da maneira imutável que ela era. Atualmente, ela já não conseguia definir se merecia ou não.

"Apareceu vestida como uma prostituta! Acha que Itachi Uchiha pensou o que quando a viu daquela forma!? Certamente que era uma mulher dada ao mundo!"

Aquelas foram as exatas palavras de seu pai assim que ela chegou no lugar que chamava de casa. Havia algo no comportamento de seu pai que também havia mudado, ele havia começado a beber mais, fumar mais. Mas Sakura realmente não estava se importando nenhum pouco com o estado de saúde dele. Portanto, após sair daquela sala após levar um tapa forte e cheio em seu rosto ela passou pela adega da casa, buscou por duas garrafas de vinho e se aninhou no quarto de jogos. O lugar era acomodado por uma mesa de sinuca, espaço para xadrez e diversos outros entretenimentos além de uma biblioteca, mas raramente alguém era visto ali. Era mais difícil ser incomodada ali do que em seu próprio quarto. Assim que fechou a porta tirou as sandálias e puxou o colar com força o jogando para longe, descalça ela tratou de arrastar um dos pequenos sofás até a varanda, foi onde ficou por horas apenas ela e o vinho que acabava pouco a pouco.

O vento estava frio o suficiente para deixá-la arrepiada mas nem isso a fez entrar para dentro ou fechar as grandes portas de vidro. Ela continuou ali admirando a lua até perceber o fim da segunda garrafa, ela queria mais, queria esquecer dos próprios sentidos mas até isso parecia difícil. Se levantou pegando as duas garrafas, um pouco mais lenta do que o normal e caminhou pelo quarto. No entanto, ela poderia identificar aquela presença mesmo se estivesse caindo de bêbada. Olhou mais atentamente para frente e o encontrou, Madara parecia ter acabado de chegar e tentava decifrar o que havia acontecido com ela.

- Estou começando a achar que está me perseguindo.

- É o que tenho que fazer a partir de agora, não é? — ele a respondeu, Sakura revirou os olhos ao constatar que ele permanecia da mesma forma que horas atrás, chato e frio.

Ela havia aceitado o acordo de Itachi, iria fazer de tudo para que Madara focasse nela, mas não naquela noite. Voltou a caminhar e passou por ele sem dizer nenhum comentário, mas antes de sequer chegar a porta sentiu a mão dele segurando seu pulso. Impaciente ela se soltou de forma brusca o olhando com as sobrancelhas franzidas.

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