Capítulo 22 - Demonstrações Violentas

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- Acaba logo com isso! — o homem gritou com a voz estridente e chorosa — Não vai arrancar nada de mim.

O homem que estava amarrado a uma cadeira perante outros cinco caras armados  estava cansado. Havia sangue por seu rosto e corpo, e o que não estava machucado, estava prestes a ficar.

- Oh.. e nem quero, eu não preciso de nada de você. — Madara respondeu com o sorriso diabólico enquanto se abaixava para encarar o Consigliere da máfia francesa nos olhos — Tenho tudo o que quero sobre vocês, só estou mandando um recado!

Outro grito foi ouvido, alto e doloroso ao sentir mais um de seus dedos se quebrando. É, era assim que Madara resolvia seus problemas. Com sangue, dor e violência. Haviam outros homens ao seu redor que o observavam com certo medo, até mesmo seus protegidos tinham receio em olhar para ele quando Madara se encontrava daquela forma, possesso. Por que era exatamente assim que ele se encontrava naquele momento.

- Podem terminar, deixem-o vivo o suficiente para conseguir contar ao seu precioso chefe quem fez tudo isso. — ele murmurou enquanto retirava as luvas de couro da mão — Estou indo.

Ele foi em direção a seu carro que também se encontrava dentro do galpão mal iluminado, e no instante que olhou para a mulher encostada nele viu um mínimo sorriso perverso no canto de seus lábios. Sakura realmente não desejava correr ou estava tremendo após ver tudo o que viu?

- Eu achei esse passeio tão romântico.. Melhor do que um chalé no meio do nada — ela disse com um sorriso sarcástico e logo se apoiou no capo do tesla para voltar para dentro dele, Madara fez o mesmo.

- Você não cansa de reclamar. — afirmou.

Já ao lado dela prestes a ligar o carro ele a observou um pouco mais, meio atônito. Ainda não conseguia crer que Sakura lidava bem com toda aquela situação, certamente nenhuma das mulheres com quem já se deu ao prazer de se relacionar agiam daquela forma despretensiosa, até desdenhosa, quando estavam frente ao que ele fazia, e gostava de fazer. — Você é bem louca, não é, mulher?

Sakura deu uma risada alta e negou com a cabeça. — Foi você quem quis me trazer, queria que eu conhecesse o seu serviço?... Ou foi apenas para provar que você é bom em tudo que faz?

- Queria te mostrar um pouco do que aconteceu com Vince. — ele arqueou a sobrancelha ao olhar rapidamente para ela, logo voltando para a estrada.

- Eu espero que tenha sido pelo menos a metade do que eu vi...

Madara respondeu com um aceno e um sorriso orgulhoso, e Sakura se calou por alguns segundos, poucos, até ela realmente conseguir imaginar o que aquele imbecil dos deLuca havia sofrido, e mesmo que não fosse sequer a metade do que ela havia passado após tantos olhares vexatórios, já era bem mais do que seu pai havia feito por ela.

- Eu via a forma como você olhava para o cara gritando e aposto que também imaginou Vince sentado lá em algum momento. — ele continuou, Sakura ainda encarava o homem sendo torturado do outro lado — Você não comentou mais nada sobre aquele dia...

- Já me sinto satisfeita em saber que ele deve estar se contorcendo num hospital, não precisava comprovar isto pra mim... É o suficiente — suspirou. Ela não gostava de tocar no assunto de Vince, aquele ser humano desprezível havia causado um inferno em sua vida — Mas obrigada.

O Uchiha parou de encará-la quando seus olhos se encontraram, porque todas as vezes que olhava para Sakura ele sentia seu próprio corpo recuar. Aquela mulher era tudo o que ele precisava. Tudo o que ele desejava. Mesmo quando não podia desejar. Como uma fonte de energia todas as vezes que abria a boca para dizer algo para ele, mesmo quando tudo era insulto ou palavras sujas. Sakura era outra maluca, mas não uma maluca qualquer, era inconsequente da maneira que ele gostava e se sentir atraído por ela seria um erro gigantesco. Porque ele já havia passado por isso antes.

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