Egocêntrica, louca, inconsequente.
Há muitas palavras para descrever a filha mais velha da família Haruno, uma família regida por poder e dinheiro, algo que Sakura Haruno apreciava mais do que tudo. Não se importava com todos os negócios de seu pai...
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- Ela estava flertando, Madara! — Hinata gritou entre as paredes do quarto onde certamente poderia ser ouvida do lado de fora — E você também estava! Por que não me contou que você teria que cuidar daquela mulher?
- Por que não preciso dizer tudo o que meu irmão me pede a você.
- E você aceitou isso, sabendo que aquela mulher vulgar agiria daquela forma? — Hinata estava indignada, mas o Madara a sua frente não parecia interessado em sua raiva, parecia cansado daquela conversa — Eu acabei de chegar, achei que passaríamos bons momentos juntos mas agora você está dizendo que tem que passar todo seu tempo em função de uma pirralha!
- Você terá seu tempo, Hinata. Tem que entender, Itachi quer que essa negociação funcione e o que foi pedido foi extremamente fácil. Eu não quero discutir com você por causa dela, mas você está tornando as coisas complicadas.
- Eu... — ela abaixou o tom de voz e se aproximou do homem que estava sentado na beirada da cama — Eu estou tornando as coisas complicadas quando vejo seu olhar para ela? Quando Sakura colocou os pés naquela sala você perdeu toda a atenção que tinha em mim, estou mentindo, Madara? — O Uchiha desviou o olhar dele do dela, Hinata tocou seu ombro e fez a leve menção de subir até seu rosto mas ele a impediu, não estava no clima para aquilo — Sequer está me deixando tocar em seu rosto, novamente... — ela abaixou as mãos, ela era a única pessoa que tinha permissão para fazer aquilo — Então me diga a verdade, amor.. Você está desejando Sakura Haruno, não está?
Madara se levantou, se afastando da morena o máximo que pode. Seus pensamentos estavam atordoados e ele não queria que o primeiro dia deles após tanto tempo fosse daquela maneira, discutindo por causa de uma mulher que ele adoraria jurar que não o atingia. — Não. Eu não quero a Sakura. — disse mas não havia convicção em sua voz. Pela primeira vez Madara estava hesitando frente a Hyuuga.
- Você nunca mentiu para mim, Madara. Nem mesmo quando precisava fazer... Mas agora, tudo o que consigo ouvir de você, são mentiras!
[...]
Ela realmente adoraria sair daquela forma pelas ruas mas o frio russo a impediu, apenas isso e não o último comentário de Madara ou olhar reprovador. Jogou um casaco pesado por cima do vestido que se estendia até abaixo dos joelhos e saiu daquela casa. Um dos motorista ficou encarregado de levá-la onde desejasse e Sakura iniciou pelos calçados, visitou no mínimo sete lojas e tratou de dar um perdido no motorista pelo processo.
Ela odiava pessoas a seguindo e poxa, estava na Rússia, longe das amarras de seu pai, queria aproveitar o gostinho de liberdade ao menos. Estava certa de que pessoas a vigiava mas não se importou, estava com pelos cinco sacolas em cada braço após começar a entrar em lojas de roupas. Prada, Louis Vuitton, Zara e agora pensava seriamente se entraria na Chanel. Mas enquanto sua mente fazia essa decisão em carro estacionou logo a sua frente, ela imaginou que pudesse ser novamente o motorista mas a pessoa que desceu dele era pior. Madara esboçava a pior das expressões em seu rosto.
