First: Love, and Chapter

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A primeira vez que a vi pelo Instagram, fiquei hipnotizada. Uma beleza surreal. Mas não passou de um crush, nunca tinha a visto pessoalmente.

Entrei pra uma escola nova, 1° ano do Ensino Médio. E como se fosse brincadeira do destino, entramos pro mesmo curso, mesma turma.

As primeiras aulas foram online. Fiz amizade com todo mundo, e ela parecia muito legal.

Lembro de conversar com minha amiga e dizer que não queria me apaixonar. Mas sabia que ia, pois pulava com uma simples mensagem dela, pessoalmente provavelmente iria desmaiar.

A primeira vez que a vi. Primeiro dia de aula. Tivemos várias gincanas, nos apresentamos, conhecemos a escola...

Ela parecia participativa. Participou dos jogos e brincou, sem vergonha de mostrar quem é. Primeira coisa que eu admirei nela.

Foi a primeira a querer participar daquele jogo de encarar. Ela olhou pra mim, e me chamou pra ir com ela. Tremi.

Me levantei, e por algum motivo, todos vibraram. Por mais que o jogo pareça fácil, aquelas pessoas apostando em mim, e o olhar dela no meu, deixava mais difícil. Me sentia intimidada com ela me encarando.

-Seus olhos são lindos. -Ela disse. Eu conti o sorriso e tentei não corar. Só tentei, por dentro eu estava surtando.

Mas acabei rindo. Perdi tudo.

Os dias se passaram, e ela ia se tornando mais interessante pra mim. Lembro de elogia-la muito, acho que metade da minhas amigas ja tinham percebido a minha quedinha por ela.

Eu percebia nossos olhares se cruzarem toda hora, mas achava que era só coisa da minha cabeça.

Em um quinta, a professora deixou a manhã pra nos distrairmos. Levamos violão pra cantar, dedicamos músicas, e fizemos algumas dinâmicas.

A professora trouxe o jogo da discórdia. Lembro de dizer pra ela que aquele jogo não ia dar certo, e ela só dava risada. Foi ai que tudo começou.

Recebi um papelzinho: "Deus me livre, mas quem me dera". Infelizmente não era dela. Mas só minhas amigas sabem o quanto minha mão coçou pra dar aquele papel pra ela.

Descemos pra comer e ela tava na minha frente na fila. Todos comentavam sobre o tal garoto que me deu aquele papelzinho. Ele é até bonito, mas não era ele que eu queria.

- Ele não é meu tipo - comentei. Ela virou com uma cara de diversão.

- E qual é teu tipo? - perguntou, rindo.

Você. Quase digo.

Não respondi, mas sorri de lado. Acho que ela entendeu.

- Tu namora?

Não entendi a pergunta aleatória.

- Não. Porquê? - respondi

- Eu ia te dar aquele papel, "Deus me livre, mas quem me dera", mas disseram que você namorava.

Congelei. Como assim?

Minha cabeça deu pane. Não soube o que responder. E nem deu tempo, ela saiu com a comida dela e foi se sentar. Mas não antes de ouvir minha amiga gritando:

- Ela não namora não, pode dar em cima dela!

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