Second: Thoughts, and Chapter

4 1 0
                                    

Não acho que alguém me escolheria, não tenho nada de especial, nada a oferecer. Me pergunto se algum dia alguém vai me ver, se um dia eu vou conseguir me mostrar. Como em uma sala cheia de gente, alguém olharia para mim? Nessa geração de se dar valor apenas ao exterior. Em uma sala cheia de gente, quem me veria?

Por isso minha cabeça quase explodiu quando ela me falou que estava interessada em mim. EM MIM. Qual a chance? Fiquei sem reação. Deixei pra falar com ela quando chegasse em casa. Formularia melhor o que eu falaria, sou melhor através de telas. Pessoalmente sempre fico muito nervosa e estragaria tudo. Ela é linda, eu ficaria mais nervosa ainda.

Quando cheguei em casa, mandei uma mensagem pra ela com coração saindo pela boca. Eu lhe confessei que também queria lhe dar aquele papel.

- Eu te quero. - Ela dizia no áudio. E eu quase cai pra trás

- Eu também te quero. - Confessei.

O abraço que ela me deu no outro dia quase me fez cair, percebi ali o desejo que ela tanto dizia sentir por mim. Ela é alta, A nossa diferença de altura era quase clichê.

Começamos a andar grudadas, nos tratavamos como uma casal. O quão clichê éramos. Ela gostava de me irritar, batia na minha testa de leve, soltava minha mão, me mordia de leve, e depois vinha me encher de beijos. Eu adorava.

Amar é algo muito forte, principalmente pra nos que somos adolescentes, cheios de mudanças e fases. Mas é controverso por que a adolescência é a fase dos hormônios, dos amores, dos sentimentos rasos ou profundos. Eu sabia que fazia pouco tempo que tinhamos nos conhecido, mas eu tinha certeza dos meus sentimentos. Eu não diria que a amo, amar é uma palavra forte até pra mim. Mas eu com certeza sinto algo por ela, algo muito.

No dia em que ficamos, eu tive a certeza de que ela ia se o meu fim. Me senti confortável, não me senti pressionada e nem preocupada com o que os outros iam pensar ou falar.  O beijo dela, seu cheiro, seu abraço, tudo me enfeitiçava.

Eu estava me apaixonando.

Os carinhos, os abraços, o nervosismo antes de vê-la, era tudo um misto de sensações tão boas quando eu estava com ela. Eu gostava de estar com ela, eu me sentia bem em estar com ela. O problema é isso, essa geração de hoje e os problemas de compromisso... ou será que sou eu e a minha necessidade de colocar rótulos em tudo?

"Depois de ontem eu ando pensando muito nela"
"Se eu me apaixonaria por ela? Ora se não. Saímos de mãos dadas, e eu vim o caminho todo pensando nisso."
Mostrava os prints dela falando com a amiga dela.

E eu estava nas nuvens.

Amor & IntensidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora