Epílogo

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Eu tava dirigindo. Acho que ela nunca fez questão de ter iniciativa, pegar no volante, controlar a velocidade.

O que eu sentia por ela era bom, intenso. Eu queria namorar ela, mesmo que fosse cedo.

- A gente ta indo muito rápido.

E eu tentei desacelerar. Mas acontece que o carro é assim, tem essa velocidade. Acho que o carro não queria desacelerar, ele gosta de ser assim. Não rápido, mas sem uma aceleração certa. Acho que depende da estrada, ele vai na velocidade que achar certa.

Ela não parecia confortável, tava meio distante, mesmo que estivesse no banco do lado. Mas em nenhum momento ela pediu pra sair do carro.

Se ela não queria a carona, Por que ela entrou no carro então? Acho que ela não entende. Ou nem tentou entender. A gente mal conversou dentro do carro, tive que botar uma música pra ver se melhorava o clima. Mas ela não parecia muito interessada. Nem na conversa, nem na música, nem no carro.

Os meus olhos brilhavam, não sei se por causa da luz do farol ou da presença dela. Ela tinha cheiro de algo novo, de paraíso. Era como se eu tivesse dirigindo nas nuvens. Paramos numa estrada, tinha 2 ruas. Eu via o começo de uma estrada, mas acho que ela via uma rua sem saída. Eu queria que ela passasse o resto do caminho comigo.

Acabei batendo, ela não soube me dizer pra onde ia. Acho que ela nem tentou me contar. E não quis esperar o fim do destino, saiu do carro. E a batida doeu, danificou algumas peças e quebrou meu carro.

Tive que seguir o caminho, mesmo quebrado. Enquanto ela pegava carona com um carro mais bonito.

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