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Tomioka, cansado de apenas observar os colegas conversando, resolveu ir para casa. Fazer o que? Ele era um solitário, não é mesmo?
As palavras de Shinobu martelavam em sua mente, assim como um arrependimento repentino, não deveria ter dito aquilo. Mesmo sabendo que ela que tinha provocado, sua consciência não deixava de pesar.
Chegou em casa e passou, com muita cautela, a chave na porta, cuidando para não acordar ninguém, porém se assustou ao ver Sabito e Makomo juntos assistindo TV, mais acordados do que nunca.
Giyuu encarou por uma fração de segundo, mas não demorou até Sabito se assustar e tentar se ajeitar, com um pouco de esperança de que seu irmão não teria visto nada. Mas já era tarde.
- Já estou em casa e...desculpa interromper.- Estava indo direto para o quarto.
- Ei, ei, ei, espera aí!- Sabito chamou.- Não conta pro vovô sobre o que viu aqui, tá?! Ele ainda não sabe...
Tomioka voltou para a sala, passando por Makomo, que correu envergonhada até o banheiro do corredor.
- Relaxa, cara, eu já sabia que vocês tinham algo.- Expirou.- Mas por que não conta? Acho que o vovô apoiaria.
- Não é por mim, é por ela.
- Como assim? Acha que o vovô não gosta dela?
- Não é isso, idiota!- Deu um leve soquinho no moreno.- É que ela tem medo de se entregar, sei que nunca me disse isso, mas eu percebo...não temos nada sério, não quero forçá-la.
- Vocês estão bem assim?
- Acho que sim.
- Então meu concelho é: Continuem como estão, no ritmo de vocês, só não se cobrem muito...
Giyuu era bom em várias coisas, e dar conselho com certeza não era uma delas: Ele sempre tentava ajudar os outros da melhor forma, e se perguntava se tinha algum tipo de imã em seu corpo que atraía apenas pessoas com problemas pessoais o pedindo conselhos. Odiava isso.
Mas apesar de tudo, Sabito ainda era seu irmão, teria que se esforçar para ajudá-lo.
- Ah Giyuu, desculpa, eu não deveria estar te enchendo com esses meus problemas, sério.
- Tá tranquilo. Se quiser conversar qualquer hora, me chama.- Não chama, por favor.
Sabito assentiu, se despediu com um "boa noite" e foi dormir.
Tomioka tomou um rápido banho e logo apagou a luz do abajur que ficava na cômoda, se deitando na cama em seguida.
O celular vibrou, número desconhecido.
Olá, Tomioka-san, aqui é a Shinobu. Te encontrei pelo grupo do trabalho, e antes que pergunte como, foi fácil: Só procurei quem nunca falou um piu e quem não tem nenhuma foto no perfil. Beijos.
Bufou. Ela irá me perseguir até por aqui?
Oi, tudo bem. Desculpa se disse algo que te deixou triste hoje, boa noite.
Após mandar a mensagem, apagou o celular e o colocou na cômoda, não queria mais saber de internet por hoje. Sua bateria social, que não durava muito, já estava esgotada.
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Acordou tarde, o feriado lhe proporcionava essa folga, Tomioka havia planejado passar o dia inteiro em casa, vendo tv ou jogando alguma coisa para passar o tempo. Porém, seus planos de ter uma tarde calma foram totalmente arruinados por causa de uma ligação no telefone fixo. Quem ainda liga no telefone fixo?
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Nadando com Borboletas
FanfictionShinobu Kochou dedicava-se intensamente à sua pesquisa, investindo todo o seu tempo e esforço. No entanto, um imprevisto a desanimou, mal sabia ela que essa situação abriria tantas portas em sua vida. 🦋 +16 | Romance, vida adulta, cotidiano, comédi...