Quatro

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Oi, meus amores! Volteeeei!

E voltei aleatoriamente no meio da madrugada. Sei que estou em falta com vocês, mas tô tentando resolver algumas questões pessoais, então minha inspiração tem estado no pé.

Espero que gostem deste capítulo. A partir daqui, a coisa começa a ficar séria.

Me contem tudinho que vocês estão achando. Quero saber todas as teorias.

Xêro na cara e boa leitura!

***

O jantar naquela noite foi surpreendentemente festivo. Aos poucos, eu estava me dando conta de que – apesar de tudo – essas pessoas haviam encontrado uma forma de ser feliz. Eles eram uma família, e era maravilhoso ver que, mesmo no apocalipse, o espírito de comunidade e camaradagem ainda estava muito presente. 

– Bora, novata! Você precisa beber uma com a gente! – Pocah passou o braço pelos meus ombros e me arrastou até o outro lado da cozinha onde a Sarah, a Freya e algumas outras pessoas estavam conversando animadamente.

– Eu não sei se eu deveria misturar álcool com os remédios que o Eli me deu, Pocah. – Eu ainda tentei dissuadi-la, mas ela obviamente não me deu a mínima. 

– Besteira! Ei, Dr. B! – Ela gritou por cima do ombro na direção do Dr. Burns. – A Juliette pode beber umas com a gente, mesmo tomando remédio? 

O médico riu, sacudindo a cabeça, antes de virar uma dose ele mesmo. – Não vai te matar, não se preocupa.

Pocah virou de volta para mim com um olhar triunfante, e eu acabei rindo. 

– Aí, tá vendo? Liberada pelo médico. Bora. – Ela me levou até o balcão da cozinha, onde tinha uma quantidade impressionante de garrafas de bebidas alcoólicas. – Aí, escolha seu veneno. 

– Onde vocês arrumaram tudo isso? – Perguntei, impressionada, e ela deu de ombros. 

– Lugares abandonados. Você sabia que a maioria das bebidas alcoólicas não tem data de validade? – Ela apontou feliz da vida para uma garrafa de tequila. – A gente achou essa semana passada. Bora virar um shot? 

Dei uma risada com o seu entusiasmo e dei de ombros. – Por que não, né? 

– Assim que se fala! – Ela serviu doses generosas em dois copos e empurrou um deles na minha direção. – Eu já ouvi falar que antigamente costumavam fazer isso com limão e sal. Mas agora a gente só tem a parte da bebida, então vai assim mesmo. – Levantando o copo no ar em um brinde, ela me lançou um sorriso travesso, me fazendo sacudir a cabeça com uma risada pelas suas palhaçadas. – Tintim! 

Virei o shot de uma vez, sentindo o álcool queimar a minha garganta. Fazia tempo que eu não tomava tequila, e eu sabia que precisava ir com calma para não fazer nada que eu pudesse me arrepender.

– Acho que vou ficar só no whisky agora. – Eu logo falei quando ela me ofereceu mais uma dose. – Eu e o José Cuervo não somos bons amigos. – Justifiquei com uma risada e ela soltou um riso nasal. 

– Pilha fracaaaa! – Ela me zoou, e virou outro shot, antes de servir uma dose generosa de whisky no meu copo. – Pronto, do jeito que a senhora pediu.

Depois de servir um pouco de whisky para ela mesma, Pocah me levou até a Sarah e suas amigas. Eu não tinha ideia como ela ainda tinha tanta energia depois do dia longo que eles tiveram no frio, caçando. Eu estaria exausta no lugar dela.

– E aí, viajante do tempo? – Uma das meninas mais novas me cumprimentou com um sorriso. Eu já havia cruzado com ela pelos corredores algumas vezes, mas não lembrava do seu nome. Mas ela parecia ser bem próxima da Freya, que logo que nos aproximamos, saiu para ir buscar mais bebida. – Chega aí, junte-se à festa.

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