Cinco

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Oi, meus amores! Volteeeei!

E voltei rápido, hein? Esse capítulo é um pouco mais curto, mas é uma parte crucial da história. Lembra que eu disse que a coisa ia começar a ficar séria? Pois é.

Estou amando todos os comentários e teorias de vocês! Podem continuar à vontade!

Espero que gostem deste! E sim, a próxima att vai ser de Meu Abrigo antes que venham bater na minha porta kkkkk

Xêro na cara e boa leitura!

ATENÇÃO: Este capítulo contém cenas de violência física e ameaça/alusão à violência sexual.

***

Meu Deus. – Minha voz saiu trêmula e eu tive que me apoiar com a mão na soleira da porta para não cair. – Meu Deus. Como isso é possível? 

Pressionei a minha outra mão contra o meu ventre, tentando rapidamente fazer um cálculo de quando tinha sido a minha última menstruação.

Eu não poderia estar grávida; disso eu tinha certeza. Eu tinha terminado com o Bil havia uns três meses, mas as coisas já estavam ruins bem antes disso. Então, se eu estivesse grávida eu já saberia. Não saberia? 

– Sabe o que isso quer dizer, Ju? – A voz animada da Pocah interrompeu a minha espiral de pânico. Olhei para trás e a encontrei na entrada do quarto. – Você vai voltar pro seu tempo. De alguma forma, você vai conseguir ir pra casa e ainda vai ter um bebê! Olha que foda! 

– Não consigo entender isso. Meu Deus. – Sussurrei, mais para mim mesma do que para ela. 

Agora que o choque inicial estava passando, eu pude prestar mais atenção no quarto. As paredes estavam pintadas em um tom de amarelo bem clarinho, e havia um berço branco encostado em uma delas. Haviam prateleiras com brinquedos, uma cômoda também branca. Tudo bem suave para o meu bebê. 

Meu Deus. Meu bebê. 

Antes que eu pudesse entrar na espiral de pânico novamente, um mural com um nome pintado em uma das paredes me chamou a atenção e imediatamente me tirou o fôlego. Algo que obviamente eu havia pintado. Ou iria pintar? Enfim, não importava. 

A única coisa que importava era o nome pintado em letra cursiva, em um tom lindo de lilás. 

Alice Freire. 

Eu tinha uma filha. De alguma forma, em um futuro próximo, eu me tornaria mãe de uma menininha. Como isso era possível? Quem era o pai dela? O que teria acontecido com ela? 

– Ei, Juliette. Respira. Tá tudo bem. – A voz gentil da Sarah me trouxe de volta para o presente e eu percebi que eu não estava conseguindo respirar direito. – Tá tudo bem. Só respira devagar. – Ela buscou a minha mão e respirou comigo por um longo momento. – Pelo visto isso aqui não existia em 2023?

– Aqui era o meu escritório em 2023. – Uma risada nervosa, beirando a histeria, escapou de mim. – Eu não consigo entender como isso é possível. 

– Mas isso é uma boa notícia, né? – Ela apertou a minha mão devagar, me mantendo focada aqui no presente. – Quer dizer que você vai pra casa. Que o que quer que seja que você e o Gil estão trabalhando vai funcionar. Você vai conseguir voltar pra casa. – Ela me encorajou, mas eu ainda me sentia completamente perdida. 

– Isso é loucura. – Soltei sua mão e passei a andar pelo quarto, indo em direção ao mural com o nome. Alice. – Eu sempre quis ter uma filha chamada Alice. – Murmurei para mim mesma. 

– Ju, olha só isso! – Pocah chamou, apontando para uma prateleira. 

Tinham alguns porta-retratos com fotos minhas de quando eu era criança com a minha mãe, com o meu avô. E uma minha segurando um bebê de cabelos castanhos, um sorriso lindo de apenas dois dentinhos sorrindo para a câmera. Ela não parecia ter mais de seis meses. 

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