Seis

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Oi, meus amores! Volteeeei!

Mais uma vez na madrugada, e espero que tenha alguém acordado para ler.

Neste capítulo as coisas ficam sérias de verdade.

Alerta gatilho: descrição gráfica de ferimentos e procedimentos médicos.

Tudo que está descrito aqui foi feito com ajuda de bastante pesquisa no Google. Então se tem algo incorreto, por favor relevem porque a autora só é formada nas temporadas de séries médicas mesmo.

Dito isso, espero que gostem. Já estou curiosíssima para saber as teorias de vocês, então comentem bastante!

Xêro na cara e boa leitura!

***

– Que que aconteceu?! – Pocah exclamou, segurando a jovem loira quando ela perdeu o equilíbrio. 

Vitória estava pálida, um hematoma enorme no rosto, mas foi a visão das suas roupas ensanguentadas que me fizeram perder o ar. Ela olhou para a gente com olhos arregalados, o desespero claro neles, e eu ajudei a Pocah a levá-la até a calçada. 

– É a Freya. – Ela finalmente falou, lágrimas grossas escapando dos seus olhos. – Ela tá ali atrás com o Georgie. 

Sarah imediatamente abriu a porta traseira do jipe, e eu ouvi um palavrão escapar de sua boca quando ela viu o Georgie apoiando a cabeça da Freya no banco de trás, enquanto sua mão esquerda tentava fazer pressão em um ferimento no abdômen da jovem.

– Pocah, vai chamar o Eli. Agora. – A voz da Sarah falhou, o desespero tomando conta dela. Pocah imediatamente saiu correndo em direção ao prédio. – Quanto tempo faz? 

– Eu tô bem. – Freya tentou dizer, mas sua voz saiu grogue, seus olhos revirando enquanto ela tentava se manter consciente. 

– Uns vinte minutos, talvez? Freya, ei. Não pode dormir, não. Olha pra mim. – Georgie chamou, sua voz tremendo. – Ei, olha pra mim. Fica acordada. A gente já tá em casa. Aguenta só mais um pouquinho, tá? 

A voz do rapaz tremeu mais ainda, assim como sua mão, quando a Sarah a afastou para examinar o ferimento. Sangue imediatamente brotou do que parecia ser um corte profundo na barriga, fazendo com que a Sarah imediatamente aplicasse pressão.

Eu me sentia completamente em choque, mas ao ver o desespero da Sarah e do Georgie, meu cérebro pareceu acordar de repente e eu lembrei de tudo que minha mãe havia martelado na minha cabeça sobre primeiros socorros desde sempre. 

Sem pensar duas vezes, tirei a jaqueta que eu estava vestindo e arranquei o casaco de moletom, ficando só com uma camiseta branca. O frio arrepiou a minha pele, mas eu nem senti. Embolei o casaco e entrei no veículo, mandando a Sarah sair do caminho. Quando ela se afastou, eu passei para o banco traseiro, e fiz pressão com o casaco com o máximo de força que eu podia. 

O tecido cinza ficou ensopado em segundos. A Freya parecia perder e recobrar a consciência algumas vezes, murmurando frases incoerentes enquanto eu tentava conter o sangramento da forma que eu podia. Eu nunca tinha visto tanto sangue assim na minha vida, e a visão disso estava me deixando tonta e enjoada. Mas eu mordi meu lábio com força para me manter aqui presente. Desmaiar agora simplesmente não era uma opção. 

– O que aconteceu? – Sarah perguntou ao Georgie, seu corpo bloqueando a porta enquanto ela fazia carinho no tornozelo da Freya, tentando confortá-la. – Ei, Freya, fica com a gente, menina. Pode dormir, não. 

– A gente foi atacado. Um grupo dos Reapers nos pegou de surpresa quando a gente tava saindo do carro. – Georgie explicou e eu olhei para cima a tempo de vê-lo limpar uma lágrima discretamente, deixando uma mancha de sangue no seu rosto. – A Freya insistiu pra gente parar porque ela queria fazer xixi. Que ia ser rapidinho.

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