Correntes | dreamnotfound

Capítulo 29.

Nada parece estar indo do jeito de George ultimamente.

Ele sabia que estar em um relacionamento com Dream seria difícil, mas contar aos pais dele era algo que ele nem considerava. O pensamento nem havia corrido em seu cérebro, que era do tamanho de uma ervilha, e agora ele teria que sofrer as consequências.

Os pais de Dream os convidaram para um restaurante e ele foi forçado a ir. Sem mencionar a dor insuportável nas pernas que estava, agora ter que se vestir adequadamente com uma agonia latejante era simplesmente desumano para ele.

Olhando para o espelho, ele ajustou sua blusa larga, uma óbvia expressão de descontentamento em seu rosto.

Dream olhou de costas, já vestido com uma simples camisa preta de botão e uma calça, verificando George e suas feições excêntricas, apreciando o fato de que ele estava se esforçando tanto para ficar em pé.

“Apresse-se, eles estão esperando~”

Dream cantou em um tom detestável, ao qual George zombou.

“Cale-se.”

Dream riu e se levantou, indo e parando atrás de seu namorado e deixando suas mãos explorarem livremente sua cintura. Ele se inclinou, apoiando a cabeça em seu ombro, observando enquanto George olhava para ele pelo reflexo do espelho.

“Relaxe. Eles já te amam, você não tem nada com que se preocupar.”

George apertou os lábios, olhando para ele.

“O que? Eu? Não estou nem um pouco preocupado. Nem nervoso, nem um pouquinho.”

“Suas orelhas ficam vermelhas quando você mente, George.”

Ele respondeu severamente, ao que o moreno se virou, cobrindo rapidamente suas orelhas.

“O que... elas não... tanto faz! Apenas... vá, eu irei descer em alguns minutos.”

Rapidamente, ele se virou para o espelho antes que Dream o puxasse pela cintura, inclinando-se e dando um pequeno beijo em seu nariz.

“Você é adorável quando está frustrado.”

“Você diz isso pra tudo que eu faço.”

Dream sorriu.

“E pode me culpar? Você é muito fofo assim.”

George revirou os olhos e o empurrou, escondendo claramente seu óbvio rubor aparecendo em seu rosto enquanto caminhava até a porta e a abria.

“Vamos então.”

“Sim, sim, pegue um casaco e se cubra, não queremos que as pessoas-”

“Sh. Não estrague meu bom humor agora.”

George o cutucou para fora, os dois brigando enquanto desciam e entravam no carro em que Sapnap, Karl e Quackity estavam sentados, esperando pacientemente.

“Uau, demorou, hein?”

Quackity cruzou os braços com uma carranca.

“Culpe ele, não eu.”

“Desculpe! Fiquei nervoso.”

George se defendeu rapidamente, sentando-se ao lado de Quackity e deixando Dream segui-lo para dentro também.

“Você sabe que vamos conhecê-los por nós todos, não por você. O mundo não gira em torno de você, George!”

A próxima coisa que perceberam foi que Quackity e George começaram a brigar durante todo o trajeto até o restaurante. Apesar de Dream ser seu namorado, não havia um melhor momento querer jogar George pela janela do que agora.