Capítulo 52.

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Ó o esterco aí ó KKKKKKKKKKK

desculpa

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Não volte.

Certamente, Dream amava George. Provavelmente mais do que qualquer coisa neste mundo inteiro. George era lindo pra caralho, era engraçado, incrível, paciente, competente. Dream não poderia ter uma alma gêmea melhor. Exceto talvez desta vez, quando ele acordou com George vasculhando freneticamente seu armário.

Dream piscou duas vezes, três vezes antes de se levantar, cabelos crespos e espetados em todas as direções enquanto ele coçava a cabeça.

— George? O q- — Ele apertou os olhos, irritado com a luz que estava diretamente acima de seu rosto — O que você está fazendo?

— Fazendo as malas. Estou tentando encontrar minhas roupas, acho deixei algumas aqui.

Ele respondeu severamente, o que só causou mais confusão. Dream jogou o cobertor de lado e saiu da cama, cambaleando até George.

— Para que? O que há de errado?

— Eu estou... — De repente, ele parou, a camisa em suas mãos meio dobrada enquanto hesitava em falar novamente — Eu estou indo embora.

— O que? Para onde?

George não respondeu, e o silêncio foi suficiente para dar a Dream uma ideia do que ele queria dizer. Sua respiração engatou, e ele segurou o pulso de George, impedindo-o de encher suas malas com os suéteres cuidadosamente dobrados.

— George. Podemos conversar sobre isso?

— Não. Eu não tenho tempo.

O moreno tentou puxar sua mão de volta, mas Dream apertou mais e gentilmente levantou George e o levou para a cama, à qual o britânico relutantemente obedeceu.

— Só... é muito cedo, volte para a cama. Vamos conversar sobre isso racionalmente.

— Dream... Por favor, me solte. E-eu realmente preciso-

Dream gentilmente o puxou para um abraço gentil, ao qual o britânico afundou. Ele não parecia estar dormindo, ele estava estressado, ansioso, e Dream podia ouvir seu batimento cardíaco finalmente desacelerar em um ritmo normal enquanto seu abraço apertava.

— Tudo bem. Não precisamos falar sobre isso se você não quiser, mas é possível que você-

— Vou para Londres. Vou voltar.

Ele cortou as palavras de Dream, e podia sentir seu abraço suave endurecer, seus círculos com as mãos suaves pararem abruptamente, e sua respiração calorosa e acolhedora havia parado. George esperou por uma reação, qualquer tipo, mas não recebeu nada.

O tempo pareceu parar por algum motivo quando George se afastou e olhou para Dream, que parecia estar paralisado, incapaz de compreender qualquer coisa. A culpa semeou seu coração e foi servida aos deuses em uma bandeja de prata.

A respiração de Dream foi arrastada para fora de seu corpo, ele não conseguia sentir sua própria cabeça. Não foi capaz de compreender bem a situação o suficiente.

— Eu tenho que ir... Ela está doente.

Ele sabe muito bem que Dream nunca exigiria uma explicação, mas sentiu que ainda precisava dar uma. Desde os colapsos abruptos no meio da noite até os pensamentos intrusivos repentinos e a depressão que se infiltra em sua vida. Mesmo a milhares de quilômetros de distância, sua mãe ainda conseguiu machucá-lo. Mesmo do outro lado dos oceanos, a fragilidade de George poderia ser quebrada e despedaçada.

Correntes | dreamnotfoundOnde histórias criam vida. Descubra agora