Correntes | dreamnotfound

Capítulo 38.

Contemplando.

George acordou ao lado de Dream, o dia estava frio, estava congelando apesar da janela estar fechada. Ele se virou para o outro lado, para não ter que acordar Dream, a presença de outra pessoa era a última coisa que ele precisava.

Sua cabeça doía e seu coração parecia pesado, ele se sentia como uma bola flutuante de negatividade quando se levantou, arrastando-se para fora da cama. Rapidamente, pegou um suéter antes de sair para passear.

Ele não suportava ficar sentado em um só lugar, ele precisava de uma distração, qualquer distração.

Talvez o parque? Não, ele tem medo de se lançar em um estranho por raiva. Ele não sabe o que fazer, nem conhece muito bem este lugar.

Ele sente falta de sua casa.

Ele sente falta da Inglaterra.

Ele sente falta de sua mãe.

Ela o teria ajudado, ela o teria acalmado e o confortado pelo tempo que precisasse, não é?

Não... Ela não iria.

George sabe disso, ele sabe que sua mãe não se redimiu, ela nem o deixaria sair de casa.

Mas, novamente, isso seria melhor do que tinha que lidara agora.

George voltou à realidade, percebendo que havia andado um pouco mais longe do que pretendia. Ele suspirou pesadamente, percebendo que mesmo com a manhã quente, ainda estava com frio se sentindo solitário.

Ele não quer ficar sozinho, mas não queria que ninguém estivesse por perto para vê-lo assim. Era humilhante, as pessoas iriam zombar dele.

Não, sem pensamentos negativos. Apenas encontre uma distração e esqueça que tudo o que aconteceu.

Dream piscou, a cama parecia vazia e fria. Ele não gostou nem um pouco.

Levantando-se, ele coçou a nuca, suspirando enquanto olhava para fora. Ele deveria ir encontrar George?

Assim que Dream saiu da cama, olhando ao redor da casa e a súbita ausência dos sapatos de George, ele percebeu que seu namorado tinha saído.

Dê-lhe espaço. Ele precisa de espaço. Ele prefere ver qualquer um, menos você.

Os outros três acordaram e vagavam pela cozinha como almas perdidas, procurando algo para comer.

“Dream, não há nada para comer.”

Karl reclamou, e Dream o ignorou, indo direto para a sala. Todos os três sentiram o clima desanimador e decidiram não incomodá-lo com mais nada.

Eles o observaram por trás com o estômago roncando enquanto o loiro se sentava, parado, um estresse óbvio em seu rosto enquanto olhava para a tela em branco e vazia na TV.

“Ele... Ele está morto?”

Quackity sussurrou para Sapnap, que deu de ombros em resposta, todos os três amontoados, tentando conjurar uma razão pela qual Dream estava agindo tão fora de lugar.