Desculpem a demora para postar esse capítulo, mas, de qualquer forma, aqui está! Pode parecer que não, mas tudo (ou quase tudo, já que Moon era um inventor nato de histórias) que eu disser nesse capítulo é real! Então vamos falar desse doido varrido!
Keith John Moon nasceu no dia 23 de Agosto de 1946 - embora por muito tempo ele contasse para a imprensa que havia nascido em 47 para parecer mais novo - em Wembley, na Inglaterra.
Acima, Keith John Moon, meio dos anos 60.
Keith nasceu numa família extremamente comum, com pais amorosos e simples, que não gostavam de chamar atenção. Kathleen e Alfred Moon eram um casal ordinário. Acontece que o filho deles não estava nem um pouco a fim de ser ordinário... Keith possuía TDAH, apesar de que naquela época as crianças não eram diagnosticadas com isso, então ele só era considerado um menino arteiro e agitado mesmo. Porém, a falta do diagnóstico dele fez com que ele não fosse tratado e, bem, deu no que deu, mas deixemos isso para depois...
Keith também possuía duas irmãs mais novas, Linda - que era apenas poucos anos mais nova que ele - e Lesley, bem mais nova.
Como eu disse, Keith era uma criança extremamente agitada, que não parava quieta de jeito nenhum. Na escola, aprontava todas, era o palhaço da turma, sempre fazendo os colegas rirem, dando um jeito de bagunçar o coreto e, claro, indo parar na diretoria...
Aqui temos uma foto do mini Moon fazendo graça pra tirar a foto da escola, anos 50.
Os professores diziam que ele era um garoto esperto e inteligente, muito criativo também, mas o fato dele ser muito agitado, com pouca concentração e ter a necessidade de chamar atenção acabavam atrapalhando o desempenho dele. Não é de se espantar que ele não tenha passado naquela prova dos 11+ que as crianças britânicas precisavam fazer para saberem se iriam para uma escola "boa", que os levaria até a faculdade, ou uma escola "técnica", por assim dizer, que já ia prepará-los para virarem operários e trabalhadores.
Moon desistiu da escola. Começou a trabalhar mas nada chamava a atenção dele, por isso, ele ficava muito pouco tempo em cada emprego. Até que, um dia, ele começou a trabalhar numa loja de instrumentos e ficou extremamente encantado pela bateria. No começo, diziam que ele não teria futuro no instrumento, já que ele era muito descompassado e tocava de qualquer jeito, mas, com algumas aulinhas que ele teve de um outro baterista jovem da época, misturadas com a energia de sobra dele, ele começou a tocar "bem" - algumas pessoas ainda não curtiam a forma como ele tocava, achando muito exagerado.
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