Capítulo 7

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Eles só partiriam em seu avião pela manhã e Zhan passou boa parte da noite sentado numa poltrona de couro em sua sala de estar, olhando para o céu estrelado de Manhattan.

Yibo o amava.

Droga, aquilo não deveria ter acontecido. Ele não o queria emocionalmente envolvido. Sabia como era amar alguém e não ser correspondido. Era doloroso e terrível. Não desejaria aquele tipo de sensação nem ao seu pior inimigo e Yibo certamente não se encaixava naquela categoria,

Droga, gostava de Yibo. Muito. Yibo não precisava melhorar a aparência. Era ótimo a seu jeito. Tudo esteve perfeito até aquele dia. O que aconteceu na igreja? O que o amedrontou?

Soltando um suspiro, Zhan coçou a ponta do nariz. Yibo o amava, estava certo disso e ele gostava de Yibo. Na verdade, gostou realmente de beijá-lo. Ele tinha uma boca incrível, lábios cheios e desejáveis, e o sexo seria igualmente prazeroso uma vez que tivesse sido superado constrangimento da fase inicial.

"O constrangimento da fase inicial. "

Foi isso, pensou ele de repente. Foi onde agira errado.

Havia apressado Yibo demais, pressionando-o sem se dar conta. Ele precisava de tempo para se acostumar com ele, com o que havia entre ambos.

Sabia sem precisar perguntar que Yibo não era sexualmente experiente. Havia um ar de inocência o envolvendo. Até a maneira com que Yibo o fitava era ingênua, esperançosa, desprovida de malícia. Sabia que ele raramente saía. Na verdade, nunca o ouvira fazendo a menor menção a um encontro com alguém.

Não era de admirar que estivesse assustado. Provavelmente, ficara na entrada da igreja em crescente ansiedade, imaginando todas as coisas que nunca fizera, perguntando-se se o sexo com ele seria algo prazeroso, ou talvez um sacrifício.

Pobre Yibo.

Não tivera a menor ideia de que Zhan jamais o apressaria a ir para a cama. Não tinha como saber que ele adorava preliminares, longas trocas de carícias, beijos quentes.

O fogo do desejo o percorreu só em pensar no beijo que ambos haviam trocado. Ele estremecera em seus braços, retribuindo instintivamente, com um ardor que nem conhecia, o deixando saber que se Yibo foi tão receptivo a seu beijo seria igualmente passional na cama.

O que Zhan precisava era conquistá-lo pouco a pouco. Seduzi-lo lentamente e levá-lo à descoberta de que o amor não era o único fator que ajudava a solidificar um relacionamento. Zhan podia até não amá-lo no sentido poético e romântico, mas podia lhe oferecer confiança, respeito, companheirismo e o melhor de tudo, compatibilidade sexual.

Zhan se levantou, alongou os músculos e rumou gratificado para sua cama. Agora que identificara o problema, encontrara uma solução. E, com alguma sorte, talvez até conseguisse dormir um pouco.


#QUEBRA DE TEMPO#


O bangalô de Zhan na ilha St. Jermaine, isso é se cinco mil metros quadrados de elegância e estilo podiam ser chamados de bangalô, parecia mais algo saído das páginas de uma revista de arquitetura.

Era um lugar absolutamente deslumbrante, decorado em tons pastéis e guarnições de madeira clara, janelas do chão ao teto, que se abriam completamente para deixar entrar a brisa do oceano, e assoalhos reluzentes de tábuas corridas.

Com as mãos nos quadris, Yibo observou a coleção de arte caribenha de Zhan . As pinturas coloridas e as esculturas exóticas ofereciam um alegre contraste aos tons neutros das paredes e mobília.

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