Capítulo 5

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Oie, desculpe a demora para postar, estive bem corrida esses dias.

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Ele escapou.

Zhan entrou em seu apartamento na Quinta Avenida e fechou a porta atrás de si, arranjos florais extravagantes apinhavam-se em torno do aparador de mogno e mármore do século dezoito, aqueles arranjos eram novos.

Ele verificou rapidamente os envelopes que continham, relutante em abrir qualquer um, podia adivinhar quem enviara os arranjos e imaginar o sentimento que expressavam. Não era que não apreciasse o apoio oferecido, era maravilhoso ter uma família tão afetuosa, mas não se sentia com vontade de celebrar.

Como era irônico que um grande dia como aquele o deixasse tão frio por dentro. Odiava o alvoroço todo e não sabia como lidar com aquele tipo de sucesso.

O telefone começou a tocar e ele se moveu, mas parou ao ouvir o sr. Foley, seu mordomo e chef atendendo. Ele, então anotou uma mensagem murmurando um agradecimento e desligando.

O telefone tornou a tocar logo em seguida e a campainha do apartamento também.

Zhan fechou os olhos e passou a mão pela testa e desejou estar em qualquer outro lugar. A maioria das pessoas teria adorado a honra que a Economia e Negócios lhe concedera naquele dia, mas era a última coisa que ele precisava, não suportava ser o centro de tantas atenções. O assédio excessivo de agora o lembrava demais de suas origens, de tudo que tivera de enfrentar quando fora um simples joão-ninguém.

A campainha tocou uma segunda vez.

Ele tinha de se livrar de toda aquela publicidade, tinha de fazer algo em breve. Mas primeiro, a porta. Zhan a abriu e recebeu um buquê ainda mais exuberante, um grande vaso de cristal repleto de lírios e orquídeas. Não havia mais lugar na mesa de canto também apinhada e o deixou no piso de mármore

O sr. Foley apareceu junto à grande entrada em arco que conduzia ao amplo vestíbulo. Usava terno e gravata escura e camisa branca, bastante distinto e formal.

— Minhas congratulações, senhor.

Zhan tentou sorrir enquanto meneava a cabeça em agradecimento, mas não conseguiu, não se sentira tão solitário em muitos anos.

- Obrigado, sr. Foley.

O mordomo curvou-se de leve.

— Posso lhe buscar um drinque, senhor? Um champanhe para celebrar, talvez?

— Gim e tônica estarão bem.

— Pois não, senhor. E minhas congratulações mais uma vez.

Não, solitário não era a palavra certa, pensou Zhan, corrigindo-se, enquanto olhava em torno de seu luxuoso vestíbulo, abarrotado de flores. Não era solitário. Sentia-se sozinho. Era uma diferença sutil, mas significativa.

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