2 - Você é o mais másculo que eu conheço!

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Pov - Katsuki Bakugou.

06:49 - mesmo dia.

Eu juro que eu vou parar de estudar e ser herói de forma pirateada.

Chego na sala e vou direto para meu lugar, me sentando ali e deitando a cabeça na mesa, apenas ficando quieto.

- bro, nem me deu tchau. - Kirishima aparece do meu lado, e eu não me dou o trabalho de levantar.

- morra. - murmuro.

- você tá melhor? Eu sei que tava doente, e não quer me falar, e... Isso não é algo aceitável em uma relação máscula como a nossa! - nem precisei ver, mas já sabia que ele tinha inflado o peito, determinado.

Eu to com uma cólica fodida, e porra, como eu falo isso?! A solução? Não falar.

- eu já falei que não to doente - respiro fundo.

- bro... É... Aqui. - ele coloca algo em cima de mim, me fazendo levantar a cabeça.

Eu vejo que era o moletom que eu estava usando, encaro a peça e depois encaro o rapaz, que sorria docemente.

- pode ficar! Fica melhor em você do que em mim, de qualquer forma. - ele ri meio sem graça.

- ahn... Valeu, cabelo de merda.

Kirishima abre a boca para falar algo, mas é impedido

- GALERA, O PROFESSOR ESTÁ VINDO! TODOS SE SENTANDO! - Lida diz, de forma alta e clara.

- depois a gente se vê! - ele sorri e pisca pra mim, e sinto meu rosto quente...

Acho que tô mesmo doente.

- vamos começar a aula de hoje. - o professor fala.

Que os Deuses me dêem paciência e força.

15:28 - mesmo dia.

- vou ser legal e irei dispensar vocês mais cedo hoje. - Aizawa apaga a lousa e nos encara.

Que inútil, mas o que importa é que acabou, eu vou acabar desmaiando aqui, preciso tomar logo meu remédio e deitar na coberta, isso é tortura demais!

- a gente sai três e meia, você tá liberando a gente dois minutos antes, não é nada! - Kaminari protesta, e eu o encaro de forma mortal.

- tudo bem, vão ficar aqui até as quatro, então, tenho mais matéria para vocês. - ele começa a escrever na lousa novamente

Em meio a xingos, vaias e até ameaças, eu fico encarando Denki, que fica se desculpando.

Eu não aguento, preciso ir.

- aonde está indo, Bakugou? - aizawa pergunta ao me ver saindo da sala, e eu vou correndo até meu dormitório.

15:42

Chego e tomo as pílulas contra cólica, só de ódio, tomei umas cinco, sei lá, só quero deitar e ver quando isso para.

Normalmente, eu tenho a desculpa de estar farto do treino, por isso a dor, mas não tivemos nada prático essa semana, apenas aulas teóricas, então não tinha desculpinha.

Normalmente, sinto dores muito fortes, muito mesmo, é insuportável.

Vou até a cama e tiro o uniforme, e o binder, suspirando de satisfação ao tirar aquilo, jogo em algum canto e visto o moletom do Kirishima, decido também tirar a calça e ficar só de cueca.

Me cubro em umas quatro cobertas e suspiro, pensando seriamente em arrancar o útero na base da explosão.

- nem bati, você só precisa estar de roupa. - ouço uma voz bem familiar, entrando no meu dormitório, e ao me ver em meio ás cobertas, se senta ao lado da cama.

- você tá bem, bro? Aizawa dormiu no meio da explicação, então todo mundo foi embora! - kirishima ri.

- é sério, você tá doente, eu comprei doce! Sei lá, você gosta de doce, então comprei pra você. - eu me sento rapidamente na cama e pego a barra de chocolate que estava em sua mão, rasgando o pacote e comendo o doce.

- ai você vai me contar o que tá acontecendo! - ele se levanta e começa a andar pelo dormitório, e eu apenas ligo pro chocolate.

- ... ei, bro, o que é isso?

Puta que pariu, eu esqueci que deixei o binder no chão, já era.

- KIRISHIMA! - eu grito, ao ver o mesmo com meu binder na mão, ele me encara, curioso.

- KIRISHIMA, SOLTA ISSO! - sinto meus olhos se encherem de água, me levanto rapidamente e tomo o binder de sua mão.

- bakugou? Calma, não precisa ficar assim, o que é isso? - ele se joga na minha cama, e se deita de forma desleixada.

Sinto meu coração acelerado, minhas mãos tremendo e pernas também, não consigo falar, não consigo me mexer.

- Katsuki? - quando menos percebo, ele já está na minha frente, me encarando.

Eu não consigo pensar direito, não era pra ele ter visto, ele não vai mais querer falar comigo, vai falar pra todo mundo agora, eu vou ser expulso da U.A, não vou mais poder me tornar um herói, eu-

- eu acho que sei o que é isso, mas preciso que você me confirme - ele segura minha mão, e me leva até a cama, me sentando ali e se sentando ao meu lado. - Katsuki, fica calmo, ei, olha pra mim, bro! Só tem a gente aqui, ta tudo bem. - ele fala de forma calma, fazendo um carinho na minha bochecha.

- eu esqueci o nome daquilo, é... - ele murmura, olhando para o binder - que merda! É... Bander? Bender? Naah, nada haver, é... Binder? Né? Nossa, se não for isso, eu não sei! - ele ergue os braços, mas logo volta a segurar minhas mãos - que foda, cara!

-... Eu não sou mais tão másculo, né? - o olho, mas depois desvio o olhar para o lado, sem coragem de olhar seu rosto

- que? Do que cê' tá falando? Você é o cara mais másculo que eu já vi! - ele fala, animado. - achou que isso ia mudar a forma que eu te vejo? Nunca! Você tinha medo de me contar? Foi mal se fiz parecer que eu te zoaria ou coisa assim... Você é irado! Eu nunca faria isso com meu melhor amigo! - ele me encara por um tempo, até abrir os braços, sorrindo de orelha a orelha

-posso? - ele pergunta, e eu, ainda meio surpreso, solto um riso e faço sim com a cabeça

Ele me da um forte abraço, e eu retribuo, me sentindo mais leve por ter alguém que saiba, e que me apoia.

UM GAROTO!/ kiribaku [Concluída].Onde histórias criam vida. Descubra agora