Capítulo 2 - Família

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Posso te escapado da bronca ontem, mas hoje não tenho escapatória, assim que coloquei os pés na cozinha, minha mãe que até então estava lendo o jornal enquanto tomava uma xícara de café, parou e me encarou com um olhar duro que conheço bem, me fingi de desentendida e lancei um belo sorriso e me sentei a mesa.

- Bom dia! - Murmurei, ela não respondeu, apenas ficou me analisando enquanto coloca panquecas no meu prato.

- Não precisa te dito aquilo ontem - Disse séria, suspirei.

- Você preferia que eu fingisse que tava tudo bem? - Perguntei incrédula, ela fechou os olhos e respirou fundo.

Minha mãe não é o tipo de pessoa que ficava com raiva fácil, ela tem um auto controle invejável, mas nesses últimos tempos, ela vem ficando muito estressada, com a competição chegando e minha despedida também, tudo tem ficado mais difícil, até nossa convivência, eu sei que ela não quer me ver partir, já tentou me convencer várias vezes, apesar de parece que tenho mais chances de fica, não é bem assim.

Minha mãe é uma bruxa escolhida, mas a chance de um filho ser bruxo é pequeno, é mais fácil o filho ser como os avós, no meu caso lobo, mas ainda tem o lado do meu pai, então eu me torna vampiro também está em jogo.

O que me fez ter tanta certeza que não seria lobo, é que naturalmente filhotes demonstram seus potências desde cedo, Bruno, por exemplo, sempre teve um ótimo olfato, desde criança, todas as crianças ao meu redor tinham sinais, eu não.

Cede por sangue não começa cedo, e vampiros não são todos iguais, eles afloram habilidades deferentes, em alguns casos podem surgir sutilmente quando novo, mas não são muito que acontece isso.

De todos os seres sobrenaturais, eles são os que mais conseguem se passar por humanos, talvez seja por isso que a maioria vive em cidades grandes em meio aos humanos.

Jovem bruxos também afloram dons desde cedo, minha tem um forte ligação com a natureza, especialmente flores, desde nova fazia brota os mais diversos tipos por onde passava.

Eu simplesmente não posso fazer nada, sem habilidades, ou dons, ou qualquer coisa anormal aconteceu comigo.

A verdade que assim como eu, minha mãe tem medo, talvez já tenho se dado por vencida, está foram do seu alcance, não há nada ser feito.

- Eu sei que as coisas estão difíceis, então por favor filha, não piore as coisas.

- Eu não estou tentando piorar nada, eu só não quero que finjam que eu não vou embora - Minha me olha de jeito que não sei descifrar.

- Você tem razão, está sendo difícil, mas temos que aceitar - Ela suspirou.

- Mãe - Coloquei minha mão sobre a suas e a encarei - Não importa oque a aconteça, nada vai muda entre a gente, eu só vou, por que é o melhor, você sabe se eu pudesse ficava - Ela pós a sua outra mão sobre a minha.

- Eu sei filha, eu te apoio em tudo - Sorrir - Mas eu ainda tenho esperança - Apertou minha mão - Eu sei que tudo isso tem um propósito.

- Tomara que esse propósito seja bom.

- Vai se filha, tenho fé que sim.

Antes que consiga responder, ouço alguém parte na porta, minha mãe levanta e vai atender.

- Giovana, os Alfas começaram uma reunião de emergência em meia hora - Ouço alguém disse da porta, deve ser algum mensageiro - Todos os membros do conselho foram convocados.

- Claro, muito obrigada Roger - Ouvi a porta fechando - Você já deve ter ouvido - Concordei - Já tomei meu café, vou me arrumar, ver se não se atrasa para a escola.

- Tudo bem - Ela foi para o andar de cima e eu continuei a toma meu café.

São raras às vezes que acontece uma reunião de emergência aqui, tudo geralmente é tranquilo, o povo daqui não se envolvem em conflitos externos, mas se minha mãe foi convocada deve estar acontecendo algo muito séria do lado de fora que de alguma forma afeta Santa Helena.

Apesar deles serem um povo pacífico, não significa que os outros também sejam, já ouvir fala de muitos conflitos em outras alcateias, seres da mesma espécie, brigando entre si, espero que seja nada para se preocupar de verdade.

- Tchau filha - Ouvi minha mãe grita em seguida a porta bate.

Assim que sair tive uma surpresa, Bruno Braga estava no quintal aparentemente me esperando, ou talvez não, resolvi ignorar e segui me caminho até a escola, puder ouvir ele suspira e seus passos se aproximarem, até anda do meu lado.

- Eu não sei se devo te agradecer ou briga com você - Começou - Acabou com o clima ontem, sua mãe não é a única triste com a sua partida.

- Já ouvi um sermão da minha mãe hoje, e seus pais vão fica bem, tio Paulo também - Ele me parou fazendo encará-lo.

- Não estou falando deles - Suas palavras me acertaram de uma maneira surpreendente, meus batimentos aumentaram por alguns segundos, olhei nos seus olhos e vi preocupação neles - Não sei o motivo que levou você e se afastar, mas gostaria que soubesse que a considero da família - Não foi a primeira vez que ele diz isso.

- Eu sei Bruno, mas não posso dizer o mesmo - Continuei andando sem esperar uma resposta.

Temos a mesmo idade, é natural que tivéssemos uma ligação, especialmente por que fomos criados juntos, eu, ele e Anna, éramos aquele tipo de criança arteira, seja qual fosse a confusão, certeza que estávamos, tinha um dedo nosso nela, Bruno costumava me chama de irmã mais nova, e por um tempo me senti assim também.

Posso dizer que foi umas das fases mais felizes da minha vida, quando eu me sentia em casa, me sentia da família, não havia preocupações ou pesos nas minhas costas, sem segredos para carregar, às vezes quando me pego pensando nesses dias, sinto saudade de quando era inocente.

Essa mini conversar que tive com Bruno foi o suficiente para acaba com o meu ânimo, que já não é muito, mal consegui presta atenção nas aulas, suas palavras ainda ecoavam na minha cabeça.

"Mas gostaria que soubesse que a considero da família"

Imagina o que ele pensaria de mim se soubesse o que realmente sou, tenho certeza que não poderia se dá família, mas isso não importa ele nunca vai saber, ninguém vai saber.

Desculpe qualquer erro, comentem que estão achando, até a próxima.😍

A HíbridaOnde histórias criam vida. Descubra agora