Capítulo 4 - Papai - Part.2

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- Mãe - Foi a única coisa que consegui dizer, sair de trás porta me revelando para as duas mulheres no quarto.

- Filha - Os olhos das duas estavam arregalados, com certeza não foi uma surpresa agradável - O'Que você ouviu?

- O que você quis dizer com meu pai é um vampiro? - Ela soltou um gritinho e colocou a mão na boca, lançou um olhar para a tia Camila.

- Querida, o que faz aqui também cedo, não deveria estar na aula? - Perguntou tia Camila se aproximando de mim, minha mãe andava pelo quarto murmurando coisa que não me lembro.

- Uma professora teve uma emergência, não pode dar aula, mas isso não importa agora, quero saber do meu pai - Tia Camila suspirou.

- Querida você ouviu errado, não falávamos do seu pai - Ela sorriu gentil, tentando passar segurança, na esperança que acreditasse.

- Por que está mentindo para mim? - Não podia acreditar que ela realmente achou que eu iria cair nessa.

- Não estou mentindo...

- Tudo bem Camila - Minha mãe interrompeu ela - Eu vou conversar com minha filha, podia ir - Ela olhou para minha mãe.

- Tem certeza Giovana? - Não pude ver sua expressão, minha concordou com a cabeça - Ok, eu vou indo - Antes de sair ela me deu um beijo no rosto - Ouve primeiro, depois fala - Sussurrou no meu ouvido e saiu.

- O'Que eu tenho para dizer não é fácil - Começou - Mas Preciso que me escute - Realmente aquela conversa não foi fácil, para nenhuma das duas.

Eu não queria acreditar no início, tudo era louco demais, me negava a acreditar que ela era filha de feras horrendas, sim eu era bem cega pelas coisas que aprendia na escola e ouvia dos outros.

Depois de uma longa história cheia de buracos e perguntas não respondidas, e um explicação superficial do relacionamento dos meu pais, eu fui para o meu quarto apavorada.

Eu não sabia aí certo oque senti ou pensar, eu tinha apenas 8 anos, fui ensina desde de sempre o quanto vampiros eram maus e perversos, mesmo com pouca idade eu já tinha um preconceito em cima deles.

E não vão julgando minha mãe por me ensina a odiar vampiros sendo que sou filha de um, na verdade ela nunca tinha falando deles para mim, isso nunca tinha me incomodo até então, mas naquela hora parei para pensar nisso.

Sempre tinha ouvido várias lobos a minha volta falando mal de vampiros apenas por diversão, sempre foi uma rivalidade natural para mim, eu nunca nem tinha visto um de verdade e já sabia que não queira ver, já dentro de casa ou dos meu Tios, era uma assunto que nunca acontecia.

Comecei a pensar que não havia ódio envolvido na história, já que não tinha falas preconceituosas ou malvadas sobre eles em casa, o que me deixou mais confusa, aquele dia foi a primeira vez que vi minha mãe chorar, ela se controlou a maior parte da história, depois só soluços saiam da sua boca.

Então aquela sensação de culpa voltou novamente, primeiro fiquei apavorada com tudo, depois me sentia culpada por te feito minha mãe chorar, decidi não fala mais do assunto, semanas se passaram desde aquele dia, então um dia minha mãe me entregou uma carta.

Eu não sabia, mas desde aquele dia ela veio tentando falar com o meu pai, até conseguir o e-mail dele, e falar que eu estava viva, meu pai me disse foi convencido que minha mãe tinha me abortado, por isso nunca tinha vindo atrás de mim.

Ela pediu para ele que me escrevesse, e ele fez, ela não me disse se quem era a carta, então abri para lê como se não fosse nada.

De: Hélder Valente
Para: Lavínia Ávila

Eu sei que tudo deve estar sendo muito difícil e confuso para você, eu queria estar aí para te abraçar e conforta, mas eu, sou apenas um completo desconhecido, não tenha magoar da sua mãe, mas é difícil não me senti enganado.

Pedi a conta das vezes que me peguei imaginando como você seria, se teria os cabelos castanhos da minha mãe ou negros como os meus, se teria o olhar meio e cedo de Giovana, mas isso não importa mais, apesar de eu te errado completamente ao imagina você, fico feliz de ser o melhor cópia possível do seu pais.

Espero que não seja tarde de mais para sermos pai e filha, não quero obrigada a você a nada, eu sei que não o que esperava e infelizmente nunca serei, então darei e meu melhor para o melhor com você.

Espero o tempo que necessário para uma resposta, atenciosamente seu pai.

Respondi ele 4 anos depois.

A HíbridaOnde histórias criam vida. Descubra agora