A Híbrida

Capítulo 5 - Bruxas

Contei para Anna a minha conversa estranha com o meu pai, ela é uma das poucas pessoas que sabe sobre ele, os outros são seus pais e o tio Paulo, Bruno e Nicolas não, elas sabem desde os meus 12 anos, quando decidi dá uma oportunidade para o meu pai e começa a tenta ter um relacionamento de pai e filha.

Ela nunca me julgou, ela assim como eu, nunca entendeu da onde vem tanta briga entre os lobos e vampiros, foi difícil esconder isso dela, quando tínhamos 12 anos estávamos sempre juntos, então um dia ela me pegou falando com ele e descobriu, me fez um milhão de perguntas, muitas que eu não podia responder, e até hoje não posso.

Depois disso foi mais fácil continua falando com o meu pai, não precisava esconder-me perto dela, deve ser por isso que eu ainda continuo mantendo essa amizade, mesmo que não seja como antes, eu não cortei completamente ela da minha vida como fiz com os outros.

- Então toda essa situação com as bruxas é mais complexa que eu estava imaginando - Comentou Anna, ainda surpresa pelo que eu tinha dito.

- Como assim? - Perguntei sem entender o que ela queira dizer.

- Pensar comigo, seu pai é do Clã, eu não ia simplesmente sair se não fosse relacionamento necessário - Explicou, Arregalei os olhos entendendo.

- Meu Deus, se ele estivesse correndo perigo, ele disse que estava tentando me proteger, e se algo estivesse vindo para cá, para Santa Helena - Agora foi a vez de Anna arregala os olhos.

- Deve ser por isso que convocação a reunião, seja lá o que estivesse acontecendo, nós estamos em perigo.

Antes que eu posso reagir ou responder, a sirene de alerta foi acionada, indicando que uma assembleia iria começar, todos da cidade são chamados para essa assembleias, geralmente para informa todos de algo, e eu já tenha uma ideia do que seja.

Eu e Anna não perdemos tempo, saímos logo para o auditório, todos estavam na rua indo para lá também, não é sempre que isso acontece e depois dos últimos acontecimentos, ninguém iria querer perder, todos os empregos são parados, não é obrigatório comparecer, mas você está livre para ir.

Ele não fica muito longe da minha casa, fica em frente a praça central do lado da "Prefeitura", as ruas que geralmente são quietas, está tomada por murmurinhos alheios.

- Vampiros - Ouvi a garota do meu lado murmurar.

- O que foi? - Anna pareceu acordar de um transe.

- Não saí da boca deles, acham que os vampiros têm haver com está acontecendo - Anna tem super audição, além da natureza dos lobos, mesmo com muita gente falando, ela consegue ouvir e entender cada uma perfeitamente.

- Ótimo, agora tudo é culpa dos vampiros - Disse zangada.

Pode até se frustrante ouvi eles acusando eles sem antes sabe o que realmente está acontecendo, mas compreensível, bruxas são consideradas pacifistas, desde a última guerra a 100 anos, elas não se envolveram em conflitos externos ou qualquer discussão, apenas viveram suas vidas em paz, a nova geração é mais tranquila que a última, era o que pensávamos.

O caminho até o auditório foi rápido, tudo aqui é muito perto um do outro, na porta nos esperar um assistente nos levar até onde nossos pais estão, na parte de trás em uma sala esperando todos chegarem, também estão alguns membros do conselho.

Vou direto para minha mãe, que estava no canto aparentemente preocupada, ela está cantarolando um mantra de bruxa para afastar má sorte, resolvi não atrapalha, ela tem que estar muito concentrada ou pensativa para começa essa mania.

Olhei em volta e percebi que Bruno e Nicolas também estão na sala, os dois estão conversando em pé ao lado de um frigobar, sentei noma poltrona perto de mamãe para olhar melhor a sala.

Não é uma sala pequena, tem três portas aqui, uma dar no lado de fora, outra no corredor, e outra num banheiro, já vim aqui antes, geralmente no final de ano por causa de alguma festa ou comemoram, foram poucas as vezes que o motivo foi tão sério.

Tem alguns pequenos grupos de lobos conversando, de membros do conselho a guerreiros, muitos lobos importantes de Santa Helena estão aqui, o que deixa tudo mais assustador, nem em festa a tanta concentração deles.

Olho para os Alfas e eles estão conversando com Anna, logo um rapaz sussurra algo no ouvi de Tio Eduardo, o que me faz rir um pouco, se a intenção era que Anna não ouvisse, falhou miseravelmente, o Alfa apenas concorda com a cabeça.

- Atenção - A sala e toma pelo silêncio, mesmo não sendo uma loba, a voz de alfa também me atingir - Em poucos minutos vou precisar da colaboração de vocês para acalmar a população.

Todos os falam unido - Sim Alfa - queria rir do quanto pareceu meu clichê, ainda estou tensa pelo voz de alfa.

- Eu sei que a situação é complicada, mas vamos deixa os pré conceitos de lado e focar nos fatos - Tia Camila também usou a voz de alfa, o que me levou a crê que já discutiram bastante essa manhã.

Olhei para minha mãe em busca de respostas, mas seu rosto não tem nenhuma expressão e um olhar vazio.

- Mãe - Finalmente notou minha presença - Oque está acontecendo?

- Logo você saberá querida - Respondeu e seguiu para do lado dos Alfas, que em seguida saíram da sala, depois todos aos poucos também.

Saí junto com Anna que matinha um rosto preocupado e apavorado ao mesmo tempo, acho que os pais lhe contaram algo, ou talvez ouviu algo pela sua super audição.

Resolvi não pergunta nada, como minha mãe disse, logo eu saberia o que realmente está acontecendo, assim que os Alfas subiram no palco do auditório, os murmurinhos se intensificaram, eles foram para o centro onde fica o púlpito de madeira antigo, e os outros membros sentaram nas cadeiras distribuídas no palco.

Tanto eu quanto os outros filhos não têm autorização para fica nele, então ficamos olhos dos bastidores mesmo, da onde estou consigo ver a plateia e parte do palco.

- Por favor peço o silêncio de todos - Desta vez não foi necessário usar a voz de Alfa, todos tem muito respeito por eles, então o silêncio não demorou para aparecer, usá-la antes talvez foi necessário porque alguns membros são um pouco cabeças duras, muitos deles são mais velhos, então você já deve imaginar como eles pensam.

- Eu sei que todos devem está preocupados ou até curiosos para saber oque está de fato acontecendo, não é muito comum nós nos reunirmos aqui tão de repente, mas eu peço a compreensão de todos, para poder nos ouvi antes de fala, algumas coisas estão acontecendo nos últimos dias que estamos cientes, mas a situação chegou em um ponto que de fato vai afetar a vida que vivemos aqui - Tia Camila começou.

- A alguns dias vem acontecendo ataques em alcatéia e clã ao redor do país, no começo achávamos que eles não tinham nenhum tipo de relação entre si, mas começamos a nota alguns padrões, muito lobos e vampiros jovens estão desaparecendo, não sabíamos quem estava fazendo isso, mas um amigo nosso, o Alfa de Ponte Branca, nos trouxe algumas informações que nos deixaram preocupados - Tio Eduardo respirou antes de continuar - Esses ataques estão sendo feitos por Bruxas - Os murmurinhos começaram novamente.

Mesmo não tendo uma super audição, pude ouvir coisas como " Pensei que bruxas fossem pacíficas " , " Bruxas não fariam isso, deve ser outro Vampiro querendo sangue ", e outros deste mesmo tipo, comecei a me irrita com eles, Anna deve te percebido, por que segurou minha mão e sussurrou " não liga para eles ".

- Por favor, façam silêncio, temos coisas a dizer ainda - Todos obedeceram - Eu sei que parece loucura dizer isso levando em consideração ao histórico delas nessas últimas décadas - Tio Eduardo continuou - Mas de fato essa é a verdade, não sabemos exatamente oque elas querem, mas nossa alcatéia ira se juntar a Ponte Branca e outras alcatéias do país, na tentativa de chega ao fundo desta história.