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Eu larguei absolutamente tudo, a entrevista e chance de conseguir um bom emprego, ligando o carro o mais desesperada possível. Eu sabia, sabia que aquilo não daria certo!

Eram duas horas até eu chegar, mas o percurso foi feito em pouco mais de uma hora, quase causei alguns acidentes, mas Jisoo era o mais importante agora. Seung deu a localização de onde se encontrava, em uma praia perto do farol.

- POR QUE VOCÊ DEIXOU ELA SOZINHA, SEU IDIOTA?

- E-eu só fui ali comprar um sorvete pra nós dois, ela estava aqui, Jennie, ela estava sentada bem aqui!

- EU VOU TE MATAR, SEUNG!

Andamos algumas quadras dando a descrição de Jisoo, mas era incrível como ninguém havia visto ela, o meu desespero era evidente a cada minuto que se passava.

- Liga pra Lisa e pergunta se aquela vadia está no hospital.

- Por que está chamando a Jisoo de va-

- A NAYEON É A VADIA SEUNG! LIGA LOGO!

- Lisa, Nayeon está no hospital? Está sim ou não? A Jisoo sumiu. É... eu... eu... CARALHO EU NÃO SEI COMO! Ok. Até.- ele desligou o celular o apertando em sua mão, Seung estava chorando? - Ela não está no hospital, Jennie. Lisa e Rosé estão a caminho.

Ele me escondia algo, sentia isso, mas confiei, Seung era meu melhor amigo, nunca faria algo para me magoar.

Quando elas chegaram, percorremos aquele bairro inteiro, mas nada de achar Jisoo. Eu começava a perder cada vez mais as esperanças, mas graças a uma senhora, senti que tinha que ser forte para achá-la.

- Ah, eu a vi sim. Estava com duas meninas, indo pro Norte.

- Como eram as duas outras meninas?

- Uma tinha o cabelo castanho claro, e a outra um cabelo curto preto. Elas me pareciam bem.

- É a Nayeon e a Momo, elas saíram no horário de almoço e não voltaram mais.

- Muito obrigada, senhora. Muito obrigada mesmo.

Eu me sentei no parapeito da calçada e comecei a chorar desesperadamente, tudo estava dando certo, eu e ela estávamos bem, nunca mais deixaria ela sair à não ser comigo. Foda-se se ela se sentisse presa, melhor presa comigo do que sequestrada sem mim.

- Espera, no Norte não fica o seu apartamento, Seung?

- F-fica. E o... o que isso tem a ver?

- Está nervoso?

- É claro! Olha a situação da Jennie!

- Querem ir na polícia?

- Na polícia, Chae? Falar o que pra polícia!? Ah, a minha namorada saiu com o meu melhor amigo, e foi sequestrada por duas meninas loucas que deram sumiço em três seguranças do hospital no qual eu trabalhava, e temos as provas. Ah, e a minha namorada não sabe absolutamente de nada porque passou vinte e quatro anos da vida dela trancada em uma casa para não ser morta pelo o chefe da máfia. Querem mesmo ir na polícia? Quem eles iriam investigar primeiro? Nós ou o sumiço da Jisoo?

- E então!?

- A Tzuyu. A Tzuyu pode nos ajudar.

- Como aquela escada de bombeiros pode nos ajudar?

- Eu vi na sala dela o diploma de direito. Menos conversa e mais ação, vamos.

Seung a partir dali não falou mais nada, ele me parecia nervoso. Ao chegarmos no hospital, tacamos o foda-se literalmente, e subimos diretamente para a sala de Tzuyu, não nos importamos se estava reunião ou se estava transando com a esposa dela ali, apenas entramos.

E graças a Deus, nua ela não estava.

Ela digitava algo, seu semblante sempre intimidador, que poderia fazer qualquer um ficar com medo, mas não eu, não naquele dia.

- Temos algo para te mostrar. - ela abriu a boca para falar ou protestar, mas eu continuei.- Não importa se eu não trabalho mais aqui, não importa se eu quebrei duas das suas regras idiotas, não importa o quão assustadora você é. A minha namorada está correndo perigo, por conta de duas pessoas que você fez o favor de contratar. Me demitiu apenas por ter pegado um documento e saído em um horário não permitido, mas permite que duas criminosas circulem nesse seu hospital que se diz bom, mas que não é justo. Iremos te mostrar com o que você trabalha, e se não nos ajudar, esse arquivo vai parar na mão da polícia, e pode ter certeza que eu vou fazer o favor de falar que você está ciente sobre tudo o que aconteceu.

Lisa já se encontrava ao lado dela, conectando o pendrive em seu computador. De relance olhei para dois portas retratos que se faziam presentes em sua mesa, um da sua filha, que era bem parecida com Tzuyu e outro da sua esposa Sana, me senti bem por alguns momentos ao olhar a carinha angelical da menina.

Quando Tzuyu terminou de assistir, comigo ali impaciente porque a cada segundo que passava Jisoo poderia estar correndo perigo ou algo do tipo, e se algo acontecesse com ela, eu não aceitaria. A escada de bombeiros se levantou, tirou o seu jaleco e pegou o seu casaco. Nós permanecemos parados, com medo ao que viria a seguir.

- Por que estão aí parados? Vamos salvar essa menina, e colocar as duas atrás das grades. - eu olhei para as meninas que tinham surpresa nos olhos, havia sido mais fácil do que imaginávamos. - Estamos perdendo tempo, vamos?

A única coisa que fizemos foi seguir aquela mulher alta.

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Wake up, my dear - Jensoo VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora